terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Adolescente admite que atirou em travesti ao dançar metralhadora no Corso


Na manhã desta terça (2), a adolescente de 17 anos, suspeita de atirar na travesti Pâmela Leão, 23 anos, prestou depoimento no 12º Distrito Policial. Segundo a adolescente, que também é travesti, um grupo de amigas estava dançando a música “Paredão Metralhadora” com a arma na mão quando o disparo acidental ocorreu. 

Ela afirmou ainda que era amiga de Pâmela há bastante tempo. “A gente se conhece de muito tempo. De ir para casa uma da outra e dormir juntas”, destacou. 
o Cidadeverde.com, a adolescente confirmou que o disparo acidental ocorreu quando ela dançava a música. “A gente estava dançando a Metralhadora quando a outra veio e 'triscou' na minha mão e a arma disparou”, disse a adolescente. 
De acordo com o delegado Ademar Canabrava, a jovem reforça a tese de disparo acidental e a perícia já informou que a cápsula do tiro que atingiu a vítima é de uma pistola  ponto 40. 
“Ela diz que uma pessoa estava embriagada e com uma arma ao seu lado nos quiosques da margem do Rio Poti. As amigas teriam pego a arma e começaram a brincar. Uma apontando para a outra, quando essa jovem de 17 anos pegou a arma, a outra segurou na mão dela e fez a arma disparar atingindo a Pâmela”, afirma o delegado. 
Ele informou ainda que ela e a outra jovem serão indiciadas pelo crime. O delegado disse que a próxima etapa é tentar identificar o proprietário da arma. 
A tia da adolescente suspeita, que não quis se identificar, relatou que a sobrinha ficou em desespero quando soube que havia atingido a amiga. "Ela pediu até remédio para dormir, não conseguia dormir, estava muito abalada com isso. Disse que tinha acertado a Pâmela sem querer", afirmou. 
A mãe de Pâmela, a doméstica Francisca Sousa, disse que não considera o tiro como acidental. Segundo ela, esse tipo de “brincadeira” é inadmissível.
“Para mim, isso não é tiro acidental, como é que você encontra uma arma e fica brincando de atirar, apontando para outras pessoas? Agora minha filha está em estado grave, os médicos deram 72 horas de vida e eu nunca falei com ela desde que aconteceu, porque no hospital ela já estava em coma”, destacou.  
A jovem foi atingida com um tiro na cabeça por volta da 00h30 do domingo (31), logo após a realização do Corso de Teresina, na avenida Raul Lopes, zona Leste de Teresina. 

Flash de Maria Romero
Redação Caroline Oliveira
redacao@cidadeverde.com

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