quinta-feira, 17 de novembro de 2011

PI: aspirante a prefeito e mais 25 são presos por 'disque-droga'




A Polícia Civil do Piauí prendeu nesta quinta-feira 26 pessoas acusadas de tráfico de drogas com atuação principalmente em cidades do interior do Estado e do Maranhão. Na investigação, a polícia descobriu uma central que funcionava como "disque-droga" e prendeu um pretenso candidato a prefeito nas eleições de 2012, apontado como um dos chefões do tráfico.
A operação Praga de Justiniano - referência à pandemia de peste bubônica no Egito nos anos de 541 a 544 - cumpriu 32 mandados de prisão e 40 de busca e apreensão em 14 cidades do Piauí e do Maranhão.
Segundo o delegado Samuel Silveira, titular da Delegacia de Entorpecentes, a quadrilha aproveitava a precária fiscalização nas rodovias estaduais para transitar livremente e entregar as drogas. "Havia um disque entrega de drogas que abastecia uma série de cidades ao redor de Picos (município a 306 km de Teresina)."
De acordo com a polícia, a quadrilha recebia drogas de São Paulo e Goiás e revendia no interior dos dois Estados nordestinos. A droga era vendida por preços que variavam entre R$ 10 e R$ 30. "Trata-se de uma única quadrilha, com ramificações em vários municípios", disse o delegado.
O bando tinha atuação nas cidades de Oeiras, Picos, Itainópolis, Santa Cruz, Santo Inácio, Paes Landim, Simplício Mendes, Floresta do Piauí, Floriano, Campinas do Piauí, Canto do Buriti e Regeneração, todas no Piauí. No Maranhão, a quadrilha comercializava crack e maconha em Barão de Grajaú e São João dos Patos.
Os indiciados devem responder pelos crimes de tráfico de entorpecentes, associação ao tráfico, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e venda de medicamentos sem registro. Há suspeita de que a quadrilha movimentou mais de R$ 500 mil somente neste ano.
Candidato
Por meio de escutas telefônicas, a polícia descobriu que um dos acusados de chefiar o tráfico, identificado como Elso Feitosa da Silva, o Pelega, pretendia ser candidato nas eleições do próximo ano em Oeiras.
"Se ele não fosse candidato, pretendia lançar o irmão. Há suspeita de que o tráfico financiava também campanha política da região", disse a delegada da Regional da cidade, Janaína Nobre, que acompanhou a operação.
fonte: Terra

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