Por volta das 14h30, água vinda de dique rompido chegou à comunidade.
Segundo Defesa Civil, localidade deve ser inundada totalmente às 16h30.
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Bombeiros ajudam moradores de Três Vendas, em Campos, a encher caminhões com móveis. (Foto: Lilian Quaino/G1)
Agentes da Defesa Civil disseram ainda que adiante do ponto onde ocorreu o rompimento da estrada existem mais três pontos de alto risco de desmoronamento, porque o acúmulo de água está causando assoreamento.Com a filha Jamile de 11 meses nos braços, Tatiana Pessanha e o marido Lucas Florbelis olhavam para o trecho da estrada interrompido e para as águas que avançavam. Eles moram em Três Vendas, próximo ao local onde a estrada rompeu. O trecho da rodovia funciona como um dique pois a região fica em abaixo do nível das águas do Rio Paraíba do Sul.
Segundo o vice-prefeito de Campos, Francisco Oliveira, em 2008, a estrada se rompeu no mesmo trecho e toda a comunidade teve de ser evacuada. "O Dnit recuperou o trecho e em dois meses os moradores voltaram. Agora ruiu de novo. Estamos aguardando a equipe do Dnit para saber quais serão as providências", disse ele, acrescentando que em Campos há 620 desabrigados enquanto que em 2008 foram 20 mil.
O G1 entrou em contato com o Dnit e aguarda retorno.
Moradores retiram móveis por medo de inundação
Moradores da comunidade de Três Vendas deixam suas casas e tentam salvar móveis e roupas com medo da invasão da água do Rio Muriaé no local.
De acordo com a assessoria da Defesa Civil, o volume de água é grande e, antes de atingir as casas do bairro, um vale deve ser completamente inundado. Cerca de 4 mil pessoas já começaram a ser retiradas de suas casas. Cinco caminhões do Exército auxiliam na mobilização dos moradores da região.
Pasto inundado
Um pasto que fica próximo às moradias de Três Vendas foi uma das primeiras áreas atingidas pela água do Rio Muriaé. As informações são do secretário de Defesa Civil de Campos, Henrique Oliveira.
O bairro de Três Vendas fica a cerca de 20 a 30 km de distância do Centro de Campos, segundo a Defesa Civil estadual. Algumas famílias já foram encaminhadas para bairros que não possuem risco de alagamento. Outras, que moram nas áreas mais altas, estão retirando móveis e roupas dos andares mais baixos e levando para as lajes de suas casas. Segundo a Defesa Civil do estado, outras pessoas foram para um morro próximo, onde pretendem ficar acampadas até o nível do rio baixar.
Ainda segundo Oliveira, esta é a segunda vez que o dique rompe no mesmo lugar. A primeira vez, segundo Oliveira, foi em 2008.
Dois helicópteros tripuladas por bombeiros foram enviados nesta manhã para a região, segundo informou o governo do Rio mais cedo.
Por determinação do governador Sérgio Cabral, os bombeiros vão verificar as necessidades do local para que providências possam ser tomadas pela Defesa Civil do estado.
Cheia do Rio Muriaé
Na terça-feira (3), a Secretaria de Estado da Defesa Civil divulgou um balanço onde destacava que a cheia do Rio Muriaé, provocada pela chuva da última semana, afetou principalmente as cidades do Noroeste Fluminense. Em Itaperuna, a prefeitura da cidade calcula que 5 mil pessoas estão desalojadas e outras 60, desabrigadas. Segundo o coordenador da Defesa Civil do município, capitão Joelson Oliveira, a água subiu 1,3 metros acima do limite no Rio Muriaé.
Situação de emergência
Na quarta-feira (4), seis municípios do Rio de Janeiro decretaram situação de emergência, após as enchentes provocadas pelas chuvas que atingem o estado nesses primeiros dias do ano. São eles: Laje do Muriaé, Itaperuna, Cardoso Moreira, Italva, Miracema e Santo Antônio de Pádua. Todos ficam no Norte e Noroeste Fluminense.
Nas regiões Norte e Noroeste do estado, o nível de alguns dos principais rios subiu ainda mais. O número de pessoas que tiveram que sair de casa já chega a 20 mil.
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