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sábado, 14 de janeiro de 2012

Cruzeiro que naufragou na costa da Itália tinha brasileiros, diz Itamaraty


Informação, ainda não confirmada, é de que brasileiros seriam entre 50 e 60.
Acidente deixou 3 mortos e 70 desaparecidos, segundo autoridades locais.

Do G1, em Brasília
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O Ministério das Relações Exteriores disse neste sábado (14) que informações ainda não confirmadas dão conta de que brasileiros relataram que havia entre 50 e 60 cidadãos do país entre os passageiros do barco cruzeiro que naufragou na véspera no litoral da Itália.
De acordo com autoridades italianas, o acidente deixou três passageiros mortos, 14 feridos e pelo menos 70 desaparecidos. Estes desaparecidos poderiam ter buscado refúgio na ilha.
O navio encalhou em um banco de areia próximo à ilha de Giglio, na Toscana, região central da Itália.
As vítimas morreram afogadas.
Segundo o Itamaraty, brasileiros que estavam entre os 4 mil passageiros do navio da Costa Cruzeiro entraram em contato por telefone com o consulado do país em Roma e estimaram o grupo entre 50 e 60 pessoas.
Ainda não há informações sobre brasileiros entre as vítimas do acidente, disse o Itamaraty. O consulado em Roma está em contato com as autoridades italianas e vai prestar toda a assistência necessária aos brasileiros, informou o ministério.
Navio parcialmente submerso após o acidente é visto na manhã deste sábado (14) próximo á ilha de Giglio, na costa da Toscana (Foto: AP)Navio parcialmente submerso após o acidente é visto na manhã deste sábado (14) próximo á ilha de Giglio, na costa da Toscana (Foto: AP)
Segundo a imprensa local, a retirada dos últimos passageiros e membros da tripulação do navio Costa Concordia apresentou complicações.
Um dos passageiros do Costa Concordia disse à imprensa italiana que, por volta das 21h30 (18h30 no horário de Brasília), "todos estavam jantando quando a luz apagou, houve um tranco e os pratos caíram da mesa".
naufrágio italia 14/1/2012 (Foto: Arte G1)naufrágio italia 14/1/2012 (Foto: Arte G1)
Quando a luz voltou, o comandante do navio anunciou uma avaria no gerador elétrico e garantiu um conserto rápido, mas um vazamento de água se abriu no navio, que ficou inclinado.
A tripulação pediu que todos colocassem os coletes salva-vidas e logo veio a ordem para abandonar o navio, disse o passageiro.
Antes disso, muitos passageiros, apavorados, teriam se jogado na água, segundo testemunhas.
Outra passageira, a jornalista Mara Parmegiani, descreveu "cenas de pânico dignas do 'Titanic'", com empurrões entre os passageiros, gritos e choros.
Ela também denunciou o que considerou a falta de preparação da tripulação, afirmando que houve problemas quando os botes salva-vidas foram lançados ao mar e que alguns coletes salva-vidas não funcionaram.
Unidades da Guarda Costeira, navios mercantes e ferrys garantiram a evacuação dos passageiros e tripulantes para a ilha de Giglio.
No total, 12 navios e 9 helicópteros foram mobilizados para verificar se não há ninguém no mar, segundo o porta-voz da capitania de Livorno, Emilio Del Santos.
O armador Costa Crociera, dono do barco, se declarou "consternado" e expressou seus pêsames às famílias. Indicou que não é possível determinar de imediato as causas do acidente e assegurou que a retirada foi rápida, apesar de difícil, já que estava entrando muita água no barco.
O navio, que partiu na sexta de Civitavecchia, na região de Roma, faria um cruzeiro de uma semana pelo Mar Mediterrâneo com escalas programadas pelas cidades de Savona, Marselha, Barcelona, Palma de Mallorca, Cagliari e Palermo, informou a assessoria de imprensa da Costa Cruzeiros.
O "Costa Concordia", de 290 metros, tem 58 quartos com suíte e balcão, cinco restaurantes, 13 bares e quatro piscinas.
Ainda de acordo com a Costa Cruzeiros, cerca de 1.000 passageiros do Costa Concordia têm nacionalidade italiana, enquanto aproximadamente 500 são alemães e 160 franceses

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