Desempregado invadiu prédio no Centro de São Paulo com faca e martelo.
Dois seguranças ficaram feridos; homem alegou ter sido traído.
Local
onde ataques aconteceram permanecia interditado na manhã desta quarta,
na Defensoria Pública de São Paulo (Foto: Juliana Cardilli/G1)
Ainda segundo Silva, o homem estava bastante alterado quando foi preso, afirmando que havia sido traído. Com ele, foram apreendidos um martelo e uma faca. Dois seguranças ficaram feridos na ação – o primeiro a ser atingido, de 47 anos, levou uma martelada na cabeça, foi atendido no hospital e liberado. Ele prestou depoimento, mas não quis falar com os jornalistas. Já o segundo segurança, de 44 anos, permanecia internado em observação nesta manhã. Além de uma pancada na cabeça com um martelo, ele foi atingido pela faca no supercílio direito.
Martelo e facas usados por homem durante ataque foram apreendidos (Foto: Juliana Cardilli/G1)
Segundo Edgar Mello, gerente de operações da empresa de segurança que
presta serviços à Defensoria Pública, o vigilante está estável e
permanecia internado apenas devido à força da pancada que recebeu na
cabeça. Segundo ele, o estado de saúde do homem não é grave - ele estava
consciente. Mello também afirmou não acreditar que os seguranças fossem
o alvo do agressor. “Ali é uma Defensoria, recebe-se várias pessoas com
problemas, e a nossa função não é atuar na segurança pública. Eles [os
seguranças] estavam fazendo segurança privada. Por essa razão, nós
entendemos que não era direcionado aos seguranças”, afirmou.Atendimentos anteriores
O defensor público Luiz Felipe Azevedo Fagundes, coordenador da área de atendimento do órgão, disse que o homem de 37 anos autor das agressões já havia recebido atendimento cinco vezes no prédio.
“Constam cinco atendimentos, entre fevereiro de 2011 e abril de 2012 - o último foi no dia 2 de abril. Em setembro de 2011 ele recebeu encaminhamento para ingresso de ação de regulamentação de visitas. Provavelmente ele tenha um filho ou mais, com alguma mulher que o está impedindo de visitar o filho”, disse o defensor. A ação que envolve o desempregado corre em segredo de Justiça por envolver menor de idade. Por esta razão, Fagundes não soube precisar o andamento do processo.
Segundo o defensor, ainda não foi possível identificar qual o motivo do ataque. “Ouvi ele dizer que fez o que fez porque foi traído lá dentro. Não sei dizer o que ele quis dizer com traição e nem por quem ele teria sido traído."
Homem foi contido por seguranças e populares e,
em seguida, preso por PMs (Foto: Mario Ângelo/
Sigmapress/AE)
Ainda de acordo com Fagundes, o órgão já estudava mudanças na segurança
dos prédios antes do ataque. “O conselho superior nomeou entre
defensores e servidores com participação da ouvidoria uma comissão para
verificar se há necessidade de revisão do método de segurança, de
contenção de entrada de pessoas nos prédios, e se houver essa conclusão,
qual será o método que vai ser empregado após esta revisão”em seguida, preso por PMs (Foto: Mario Ângelo/
Sigmapress/AE)
Entretanto, o defensor afirmou que não haverá mudanças, por enquanto, no sistema de atendimento. “Haverá, evidentemente, um reforço de vigilância até que se decida os outros sistemas de contenção, o equilíbrio entre a segurança e a qualidade do serviço, a preservação da dignidade das pessoas que precisam ter acesso ao prédio”, afirmou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário