segunda-feira, 23 de abril de 2012

Piso é aprovado na Assembleia em meio a tumultos e gritarias

Manifestantes jogaram doces, dinheiro e cascas de banana nos parlamentares e chamaram deputados de traidores.


O projeto que institui o piso nacional dos professores no Piauí acabou de ser aprovado pela Assembleia Legislativa. Apenas oito, dos trinta parlamentares foram contra o projeto encaminhado em regime de urgência pelo Palácio de Karnak à Casa: Evaldo Gomes (PTC), Liziê Coelho (PTB), João de Deus (PT), Cícero Magalhães (PT), Firmino Filho (PSDB), Marden Menezes (PSDB), Luciano Nunes (PSDB) e Antonio Félix (PSD).

Evelin Santos/CidadeVerde.com
 

O piso instituído é de R$ 1.451. O reajuste acabou sendo de 22% para professores em início de carreira e o restante da categoria ficou com reajuste linear de 6%.



Atualizada às 11h50
Os deputados Cícero Magalhães (PT) e Firmino Filho (PSDB) estão atacando o Governo do Estado neste momento, durante tumultuada sessão sobre votação da lei que institui o piso nacional de professores para os docentes da rede estadual do Piauí.


Magalhães batizou o projeto encaminhado pelo governador Wilson Martins de “Golpe Wilsão”, diz que este prejudica os professores e que o ano letivo pode estar perdido. "É uma grande covardia e selvageria o governo de retirar direitos históricos", definiu.

Firmino Filho, em meio a gritos dos manifestantes, fez um apelo para que a assembleia não aprove a lei porque "o projeto encaminhado desrespeita as negociações, inclusive a reunião na qual os parlamentares participaram". 



Publicada às 11h31
O projeto de Lei que regulamenta o piso dos professores no Piauí está sendo aprovado em meio a tumulto na Assembleia Legislativa. Os manifestantes vaiam os deputados e atiram dinheiro e doces contra eles e chamam os parlamentares de traidores. A sessão teve de ser interrompida por dez minutos.


A Polícia Militar foi chamada e está contendo os manifestantes. Aproximadamente 100 professores estão em frente ao prédio e os PMs estão limitando a entrada no plenário.


O projeto foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça e está sendo encaminhado agora para ser aprovado no plenário.

Segundo a presidente do Sinte, Odeni de Jesus, “esse projeto afronta os professores, não paga o piso a todos e acaba a gratificação do incentivo à docência”. Ela acrescenta que 95% dos docentes não terão reajuste.


Os docentes vaiaram o projeto e prometem divulgar notas indicando quais parlamentares votaram contra o projeto e quais foram a favor.


Integrantes das Rondas Ostensivas de Natureza Especial (Rone) também foram acionados.


O deputado Marden Menezes (PSDB) foi à tribuna e disse que o projeto é um golpe do governador Wilson Martins e que o estado vive um momento de “extrema crise”.  

A professora Lourdes Melo também fez um protesto e foi contida, dando início a um novo tumulto. 

Relatora
A deputada Tasmânia Gomes de Medeiros, a Belê (PSB), relatora do projeto que o piso dos professores informou, em entrevista à TV Cidade Verde, declarou que os deputados estaduais aprovaram o reajuste “sofrendo”. “Entendemos que os professores tem o direito, mas temos a convicção que o governo não tem condição fiscal ou financeira de atender o reajuste. Tivemos coragem de ir contra uma categoria organizada porque entendemos que é o que era possível fazer”, pontua. 

Segundo a parlamentar, o reajuste não pode ser maior porque afetaria as contas do Estado e poderia gerar atrasos no futuro. Belê reitera que por diversas vezes foram negociadas índices de reajuste e criticou emendas sugeridas nesta segunda-feira. “Votamos o que foi amplamente discutido. Alguns deputados apresentando emendas hoje querendo transformar em um palanque político”, criticou. 


Fonte:
Redação Carlos Lustosa Filho
redacao@cidadeverde.com

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