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terça-feira, 15 de maio de 2012

"Quase fui parar debaixo dos escombros", diz mulher que escapou de desabamento de sobrado no Rio


Moradores denunciam que faixa de isolamento da área havia sido arrancada
Marcos de Paula / AE
Sobrado desabamento
A queda do sobrado não foi nenhuma surpresa para os moradores da região

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A funcionária da Petrobras Ana Lúcia de Andrade, de 55 anos, diz que por pouco não foi atingida pelos escombros do sobrado que desabou no Centro do Rio na manhã desta terça-feira (15). Ela atravessava o sinal de trânsito que fica em frente ao prédio quando ouviu um estrondo.
 Quase fui parar debaixo daqueles escombros. A sorte que o sinal abriu e eu atravessei a tempo. Foi questão de segundos.
Moradora da rua dos Inválidos, também no centro, Ana diz que sempre teve medo de andar pela calçada do sobrado por causa da ameaça de um desmoronamento.
— Eu avisei a prefeitura algumas vezes. Mas eles apenas colocaram uma faixa de plástico sinalizando a interdição.
Veja as fotos do desabamento
Paredes de prédio que desabou são demolidas
Segundo o secretário municipal de Conservação e Seviços Públicos, Carlos Roberto Osório, o sobrado e a calçada externa foram interditados em março deste ano. Moradores e frequentadores da região dizem que a faixa de isolamento foi arrancada dias após a interdição.
A fita ainda estava no chão quando o pintor Sandro Teixeira, de 67 anos, passou para comprar cigarros em uma loja na rua do Lavradio. De acordo com ele, uma nuvem de fumaça cobriu a via depois do desabamento da parte superior do sobrado de número 90.
— Quando eu olhei para trás, estava tudo indo pelos ares. Parecia uma explosão.
O carro do advogado Nelson Ferreira Valverde foi atingido pelos estilhaços de concreto. O veículo teve a parte lateral danificada.
— Eu estava passando pela rua do Lavradio para pegar a avenida Chile quando uma pedra foi arremessada do lado esquerdo do meu carro.
A queda do sobrado não foi nenhuma surpresa para a empresária Marizé Jorden, de 50 anos. Dona de uma lanchonete vizinha ao sobrado que desabou, ela conta que muitos clientes tinham medo de frequentar o estabelecimento por causa de um possível desmoronamento ao lado.
— Eu perdi muitos clientes. Aquele prédio estava um perigo. Todo mundo estava vendo.
fonte r7

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