quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Caso Fernanda: Conclusão da PF combina suicídio e queda acidental



Imagem: Web
A Polícia Federal, que investiga a morte da estudante Fernanda Lages, já bateu o martelo: a jovem não foi assassinada. Para a PF, a jovem subiu no parapeito do mirante do prédio do Ministério Público Federal (MPF) e caiu de uma altura de cinco andares. Na conclusão, as hipóteses de suicídio e acidente aparecem lado a lado. A PF admite, por exemplo, a possibilidade de Fernanda ter sofrido uma queda acidental quando tentava se suicidar. As informações foram reveladas por uma fonte.
A PF já expôs essas conclusões para representantes do MPF e também do Ministério Público Estadual, em reunião a portas fechadas no último dia 22. O relatório final está pronto e deverá ser divulgado nos próximos dias, faltando apenas o resultado de uma diligência solicitada pelo MPE.
De acordo com o relatório, Fernanda entrou sozinha na obra do MPF, o que levou à eliminação da hipótese de homicídio. Alguns elementos foram, portanto, desconsiderados pela PF, como o relato de que o vigia Domingos Pereira da Silva teria visto entrar na obra "um pessoal", e não uma só pessoa.
Outros indícios deixados de lado pela PF são as marcas de tênis encontradas no terreno ao lado dos rastros da sapatilha de Fernanda, evidenciando que ela não estava só, e os depoimentos de duas testemunhas que dizem ter visto a estudante em frente à obra na companhia da jovem Nayra Veloso e de um rapaz, poucas horas antes de sua morte, na madrugada do dia 25 de agosto de 2011.
Nayra Veloso, a Nayrinha, chegou, inclusive, a ser presa pela PF, em março deste ano, sob a suspeita de omitir informações. Dez dias depois, ela foi liberada sem ter revelado a identidade desse rapaz. Nayra nega ter estado no local naquela ocasião.
O relatório também não explica com clareza o motivo que teria levado Fernanda sozinha até a obra. Segundo a PF, naquela madrugada, ela estaria altamente embriagada e sob efeito de medicamento para enxaqueca.
Além disso, com a hipótese de homicídio descartada, ninguém será indiciado, e nomes que chegaram a ser vinculados ao caso estão livres de qualquer suspeita.
Há informações de que esses resultados inquietaram os representantes do MP, que teriam feito vários questionamentos durante a reunião, não convencidos da versão apresentada pela PF. Nos bastidores, comenta-se que, embora embasados em laudos periciais, alguns dos argumentos apresentados foram considerados falhos e ilógicos.
O MP, assim como a família de Fernanda, continua batendo na tecla de que o homicídio é a única hipótese aceitável.

Fonte: Portal O Dia

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