Imagem: Web
A Polícia Federal, que investiga
a morte da estudante Fernanda Lages, já bateu o martelo: a jovem não
foi assassinada. Para a PF, a jovem subiu no parapeito do mirante do
prédio do Ministério Público Federal (MPF) e caiu de uma altura de cinco
andares. Na conclusão, as hipóteses de suicídio e acidente aparecem
lado a lado. A PF admite, por exemplo, a possibilidade de Fernanda ter
sofrido uma queda acidental quando tentava se suicidar. As informações
foram reveladas por uma fonte.
A PF já expôs essas conclusões para
representantes do MPF e também do Ministério Público Estadual, em
reunião a portas fechadas no último dia 22. O relatório final está
pronto e deverá ser divulgado nos próximos dias, faltando apenas o
resultado de uma diligência solicitada pelo MPE.
De acordo com o relatório, Fernanda
entrou sozinha na obra do MPF, o que levou à eliminação da hipótese de
homicídio. Alguns elementos foram, portanto, desconsiderados pela PF,
como o relato de que o vigia Domingos Pereira da Silva teria visto
entrar na obra "um pessoal", e não uma só pessoa.
Outros indícios deixados de lado pela PF
são as marcas de tênis encontradas no terreno ao lado dos rastros da
sapatilha de Fernanda, evidenciando que ela não estava só, e os
depoimentos de duas testemunhas que dizem ter visto a estudante em
frente à obra na companhia da jovem Nayra Veloso e de um rapaz, poucas
horas antes de sua morte, na madrugada do dia 25 de agosto de 2011.
Nayra Veloso, a Nayrinha, chegou,
inclusive, a ser presa pela PF, em março deste ano, sob a suspeita de
omitir informações. Dez dias depois, ela foi liberada sem ter revelado a
identidade desse rapaz. Nayra nega ter estado no local naquela ocasião.
O relatório também não explica com
clareza o motivo que teria levado Fernanda sozinha até a obra. Segundo a
PF, naquela madrugada, ela estaria altamente embriagada e sob efeito de
medicamento para enxaqueca.
Além disso, com a hipótese de homicídio
descartada, ninguém será indiciado, e nomes que chegaram a ser
vinculados ao caso estão livres de qualquer suspeita.
Há informações de que esses resultados
inquietaram os representantes do MP, que teriam feito vários
questionamentos durante a reunião, não convencidos da versão apresentada
pela PF. Nos bastidores, comenta-se que, embora embasados em laudos
periciais, alguns dos argumentos apresentados foram considerados falhos e
ilógicos.
O MP, assim como a família de Fernanda, continua batendo na tecla de que o homicídio é a única hipótese aceitável.
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