CASO FERNANDA LAGES: Família garante que a jovem foi assassinada e diz não acreditar na Polícia Civil.
O pai da estudante Fernanda Lages, Paulo Lages, afirmou ao Cidadeverde.com
que não acredita no relatório da Polícia Civil e garante que a morte da
filha não foi suicídio. "Eles estão querendo encobrir algum colarinho
branco", disse.
Paulo
Lages acrescentou que o resultado dos novos laudos divulgados hoje no
Jornal do Piauí foi uma surpresa para a família. "A gente não tinha
ideia de que isso existia. Mas, não acredito em nada que venha da
Polícia Civil. A Fernanda não iria entrar naquela obra sozinha",
argumentou.
Para
o pai da universitária encontrada morta em agosto do ano passado ainda
há muitos pontos que precisam ser esclarecidos. "O vigia disse primeiro
que ela entrou com outras pessoas. O delegado Mamede Rodrigues (5° DP)
chamou a Cassandra (tia de Fernanda) para ouvir um dos vigias descrever
as características de quem estava com a minha filha. Como é que agora
ele diz que ela entrou sozinha? Ele deveria estar preso".
Fotos: Thiago Amaral / Cidadeverde.com
Reconstituição mostra possibilidade de homicídio
Paulo
acrescentou que a Polícia Federal garantiu ter encontrado dois tipos
diferentes de DNAs no local do crime. "Além disso, já sabemos que ela
esteve na calçada antes, com a Nayrinha e outra pessoa, não
identificada. Há mais coisa nessa história. Ela não iria entrar em um
local desconhecido, sem saber como é lá dentro, sem saber se seria
abordada por alguém".
Foto: Carlos Lustosa Filho/CidadeVerde.com
Para
a família, Fernanda não deixou nenhuma pista de que estaria passando
por problemas ou deprimida por algum motivo. "Alguém que planeja se
matar deixa pistas, mensagens. Ela me deixaria uma mensagem, tenho
certeza. Minha filha não se matou. Ela estava com a chave do carro, com o
celular, ela pretendia voltar", analisou o pai.
Caso
o inquérito da Polícia Federal chegue à conclusão de suicídio, a
família da jovem buscará na Justiça alguma possibilidade de novas
investigações.
Entenda:
Apenas
após a conclusão do inquérito da Polícia Civil, os resultados de dois
exames chegaram ao Piauí. Foram eles: o laudo do local do crime, feito
com a ajuda da Polícia Federal, e os exames de DNA feitos no laboratório
da Paraíba.
De
acordo com os resultados, não havia ninguém com Fernanda Lages no
momento em que ela caiu do 5° andar da obra do Ministério Público
Federal. É constatado ainda que não há DNA de Fernanda em nenhum outro
ponto da obra, o que mostra que a jovem não foi ferida durante o
percurso da entrada até o local de onde caiu. A morte passou a ser
considerada acidental.
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