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sexta-feira, 17 de agosto de 2012

presídio de Parnaíba

Droga e tentativa de fuga são comuns em presídio de Parnaíba


Imagem: Divulgação
Superlotação, carência elevada de agentes penitenciários e falta de equipamentos básicos de segurança. Essas foram algumas das irregularidades encontradas no Sistema Prisional do Estado do Piauí e denunciadas pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários e Servidores Administrativos das Secretarias da Justiça e de Segurança Pública do Estado Do Piauí (SIMPOLJUSPI), por meio de relatório, para a Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Piauí.
Trata-se de relatório diagnóstico dos aspectos estruturais e conjunturais do Sistema Prisional do Estado do Piauí, de autoria do diretor-presidente do SIMPOLJUSPI, Vilobaldo de Carvalho, produzido em abril deste ano com o objetivo de identificar problemas e propor soluções efetivas para a melhoria deste.
Na Penitenciária Mista Dr. Fontes Ibiapina, em Parnaíba, o problema vai além da superlotação. A entrada e drogas tem se tornado comum naquela unidade prisional. Nesta quinta-feira (16) foram encontradas 37 trouxas de maconha durante revista em uma cela. O agentes penitenciários reclamam que o efetivo é insuficiente para cuidar do grande número de detentos e as tentativas de fuga também acontecem com frequência.
A entidade solicitou o apoio da OAB-PI para o enfrentamento da questão, que encaminhou o documento à presidência das Comissões de Direitos Humanos da OAB e da Assembleia Legislativa, bem como a todos os parlamentares federais do Piauí. “No sentido de tomarem conhecimento da realidade do Sistema e aderirem à luta por mais recursos, possibilitando, assim, a conclusão das diversas obras paralisadas e melhores condições de trabalho daqueles profissionais que fazem a Secretaria de Justiça do Estado”, explica Lúcio Tadeu, presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-PI.
De acordo com o Lúcio, o relatório demonstra a realidade caótica do sistema prisional do Estado, “fato que vem sendo reclamado pela OAB-PI por mais de cinco anos”. No texto, conclui-se que o Sistema funciona de maneira precária, devido a deficiências nas formas de planejamento e gestão. “Requerendo intervenções em caráter de emergência, no curto, médio e longo prazos, por meio de soluções estratégicas para que a situação seja revertida urgentemente”.
O Sindicato destaca, ainda, que a situação põe em risco a segurança dos servidores penitenciários e dos detentos. “O precário funcionamento das unidades prisionais demonstra claro desrespeito aos direitos humanos e às normas de segurança, implicando no desrespeito à vida e à dignidade dos cidadãos custodiados pelo Estado”, conclui.
Fonte: OAB-PI via : Proparnaiba.com

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