segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Preso tem "surto", quebra algema e é "expulso" de duas delegacias


Detento quebrou porta com a cabeça e assustou vizinhos de duas delegacias com gritaria durante todo o dia.


A missão mais difícil da polícia de Teresina no último fim de semana foi domar Cícero Romão, conhecido como "Lourim", nome que o próprio preso usou para se identificar. Ele conseguiu ser "expulso" pelos presos de duas delegacias, quebrou uma porta e uma algema e machucou três políciais que tentaram o segurar. Não parece, mas o acusado de agredir a própria irmã tem menos de 1,70m de altura e, além de tudo isso, grita sem parar e deixou vizinhos dos distritos policiais sem dormir.


O acusado foi preso no sábado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, acusado de agredir a irmã em casa, no povoado Cajazeiras, zona rural Norte de Teresina. Segundo o chefe de investigação Joatan Gonçalves, como não há cela na DPCA, Cícero foi levado para o 21º Distrito Policial, na Usina Santana, zona Sudeste. Foi só o começo da confusão. 


Depois de gritar a noite inteira, Cícero apanhou dos outros presos e teve de ser transferido. Após exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal, foi levado para o 13º DP, na Vila da Paz, zona Sul. Lá, passou a noite a gritar e apanhou novamente de detentos. De tanto bater, até mesmo com a própria cabeça, quebrou a porta de ferro do almoxarifado. Algemado em uma cela, conseguiu quebrar a algema. Só foi contido por três policiais.



O chefe de investigação Francisco de Pádua, do 13º DP, confirma que ele e mais dois colegas tiveram de usar da força para segurar o detento. Pádua machutou um pé e as costas. Os outros dois policiais sofreram lesões nas mãos. 


A Polícia acredita que a agitação de Cícero pode ser provocada pelo uso de entorpecentes no fim de semana ou abstinência dos mesmos. 


Os vizinhos do 13º DP chegaram a cogitar um abaixo-assinado para pedir a transferência de Cícero. A dona de casa Maria de Jesus Silva contou que estava dormindo e acordou com os gritos de "Mamãe! Mamãe!". Mas não era nenhum filho seu. Já o arrumador Francisco de Assis pensou que os gritos fossem de desespero pela morte de alguém. O preso também berra pedindo água. 

Nesta tarde, policiais foram mobilizados para uma nova transferência de Cícero, dessa vez para a Casa de Custódia. Antes, o rapaz, de idade ainda desconhecida, será levado para novo exame no IML. 

Geísa Chaves fonte

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