A queda é a causa número um
de internações de crianças e adolescentes até 14 anos por lesões
acidentais no Brasil. Na maioria das vezes, o risco pode “morar” dentro
de casa, na escola e em locais que fazem parte da rotina pelos pequenos.
Para compreender esta realidade, incentivar a adoção de medidas
preventivas e de modificações nos ambientes frequentados pela criança, a
ONG CRIANÇA SEGURA fez um estudo com base nos números de
hospitalizações de 2010 (mais atuais divulgados pelo Ministério da
Saúde).
Foram 62.766 internações de crianças de 0 a 14 anos devido a quedas. Quase metade deste número (30.877 ou 49%) aponta para uma importante preocupação em relação à notificação destes dados já que são classificadas como “quedas sem especificação” demonstrando uma deficiência na exatidão de como estes acidentes ocorrem.
Deste total, 29% (18.027) corresponderam a quedas do mesmo nível, como escorregões e tropeços, e outros tipos de quedas do mesmo nível mostrando que uma altura a princípio inofensiva para um adulto pode significar uma queda grave para a criança. Alguns tipos de quedas são mais especificados como as quedas de escadas ou degraus (1.960 ou 3%), quedas de árvores (1.077 ou 2%) e as quedas de leitos, cadeiras e outras mobílias que somaram 1.039 ou quase 2% também.
As idades e sexo das crianças vítimas destes acidentes também foram considerados. As internações com crianças de 10 a 14 anos representaram 39%, com crianças de 5 a 9 anos 38%, de 1 a 4 anos, 19% e 4% no caso das crianças com menos de 1 ano. Os meninos foram vítimas quase que três vezes mais que as meninas, sendo 71% das mortes por quedas com garotos e 29% envolvendo garotas.
A ONG CRIANÇA SEGURA enviou um ofício ao Ministério da Saúde solicitando a melhora e obrigatoriedade da notificação dos acidentes, incluindo as quedas. Com esta medida, espera futuramente ter acesso a informações mais precisas sobre a verdadeira realidade destes acidentes.
Ranking por regiões e unidades da federação
O estado do Tocantins foi o campeão em hospitalizações de crianças vítimas de quedas, com taxa de 275,64 por cem mil habitantes menores de 15 anos, seguido de Santa Catarina, com 268,44, Paraná com 215,88, São Paulo, com 177,01 e Mato Grosso do Sul, com 173,77. O Amazonas apresentou a menor taxa: 24,04.
Abaixo, ranking completo:
Crianças são mais vulneráveis às quedas
Algumas características físicas próprias da fase da criança pequena podem favorecer as quedas, como a falta de coordenação, habilidade motora em desenvolvimento, e o tamanho e peso da cabeça em relação ao seu corpo, que acabam facilitando o desequilíbrio. Quedas podem causar sérias lesões, como traumatismos cranianos, e no caso de janelas e lajes resultam na morte da criança na maioria das vezes.
O ambiente da brincadeira, a própria casa, a escola, muitas vezes, “abrigam” estas armadilhas. Exemplo disso são os parquinhos onde há grande ocorrência de quedas. Em 2010, 529 crianças foram hospitalizadas vítimas de quedas em parquinhos. A brincadeira com pipa e bola nestes locais resulta em quedas sérias, fato conhecido pelos médicos como síndrome da laje.
Prevenindo quedas:
Além da supervisão total do adulto, outras medidas podem evitar este acidente:
- Não permitir a brincadeira na laje e colocar proteções em escadas e ao redor delas;
- Manter uma mão no bebê durante a troca de fraldas e não deixa-lo sozinho;
- Evitar uso do beliche para crianças com menos de 6 anos e proteger as laterais com grades;
- Usar redes e grades nas janelas e sacadas e evitar móveis embaixo das janelas;
- Usar portões de segurança nas extremidades de escadas, impedindo o acesso da criança;
- Usar tapetes antiderrapantes ou tirar os tapetes;
- Não utilizar andadores, que comprometem o desenvolvimento da criança e podem causar quedas graves;
- Certificar-se que os móveis estão estáveis e fixos, principalmente com aparelhos de TVs e outros objetos pesados;
- No parquinho, permitir o uso de brinquedos de no máximo 1,5m de altura, em bom estado, de acordo com a faixa etária da criança e com pisos macios para absorção da queda.
Foram 62.766 internações de crianças de 0 a 14 anos devido a quedas. Quase metade deste número (30.877 ou 49%) aponta para uma importante preocupação em relação à notificação destes dados já que são classificadas como “quedas sem especificação” demonstrando uma deficiência na exatidão de como estes acidentes ocorrem.
Deste total, 29% (18.027) corresponderam a quedas do mesmo nível, como escorregões e tropeços, e outros tipos de quedas do mesmo nível mostrando que uma altura a princípio inofensiva para um adulto pode significar uma queda grave para a criança. Alguns tipos de quedas são mais especificados como as quedas de escadas ou degraus (1.960 ou 3%), quedas de árvores (1.077 ou 2%) e as quedas de leitos, cadeiras e outras mobílias que somaram 1.039 ou quase 2% também.
As idades e sexo das crianças vítimas destes acidentes também foram considerados. As internações com crianças de 10 a 14 anos representaram 39%, com crianças de 5 a 9 anos 38%, de 1 a 4 anos, 19% e 4% no caso das crianças com menos de 1 ano. Os meninos foram vítimas quase que três vezes mais que as meninas, sendo 71% das mortes por quedas com garotos e 29% envolvendo garotas.
A ONG CRIANÇA SEGURA enviou um ofício ao Ministério da Saúde solicitando a melhora e obrigatoriedade da notificação dos acidentes, incluindo as quedas. Com esta medida, espera futuramente ter acesso a informações mais precisas sobre a verdadeira realidade destes acidentes.
Ranking por regiões e unidades da federação
O estado do Tocantins foi o campeão em hospitalizações de crianças vítimas de quedas, com taxa de 275,64 por cem mil habitantes menores de 15 anos, seguido de Santa Catarina, com 268,44, Paraná com 215,88, São Paulo, com 177,01 e Mato Grosso do Sul, com 173,77. O Amazonas apresentou a menor taxa: 24,04.
Abaixo, ranking completo:
Estado |
Número absoluto |
Taxa por cem mil Hab. menores de 15 anos |
Estado |
Número absoluto |
Taxa por cem mil Hab. menores de 15 anos |
|
1097
|
275,64
|
15. Bahia |
4933
|
137,40
|
|
3657
|
268,44
|
16. Distrito Federal |
824
|
135,41
|
|
5163
|
215,88
|
17. Mato Grosso |
810
|
103,89
|
|
15685
|
177,01
|
18. Amapá |
221
|
99,61
|
|
1063
|
173,77
|
19. Paraíba |
926
|
97,17
|
|
1369
|
164,93
|
20. Sergipe |
512
|
92,04
|
|
385
|
155,72
|
21. Rio Grande do Norte |
633
|
80,53
|
|
9840
|
155,66
|
22. Maranhão |
1611
|
79,20
|
|
3455
|
154,96
|
23. Rio de Janeiro |
2663
|
78,65
|
|
2222
|
154,13
|
24. Roraima |
107
|
71,86
|
|
636
|
149,88
|
25. Pará |
1469
|
62,39
|
|
1189
|
146,49
|
26. Pernambuco |
624
|
27,65
|
|
1306
|
143,45
|
27. Amazonas |
278
|
24,04
|
|
3088
|
141,11
|
Crianças são mais vulneráveis às quedas
Algumas características físicas próprias da fase da criança pequena podem favorecer as quedas, como a falta de coordenação, habilidade motora em desenvolvimento, e o tamanho e peso da cabeça em relação ao seu corpo, que acabam facilitando o desequilíbrio. Quedas podem causar sérias lesões, como traumatismos cranianos, e no caso de janelas e lajes resultam na morte da criança na maioria das vezes.
O ambiente da brincadeira, a própria casa, a escola, muitas vezes, “abrigam” estas armadilhas. Exemplo disso são os parquinhos onde há grande ocorrência de quedas. Em 2010, 529 crianças foram hospitalizadas vítimas de quedas em parquinhos. A brincadeira com pipa e bola nestes locais resulta em quedas sérias, fato conhecido pelos médicos como síndrome da laje.
Prevenindo quedas:
Além da supervisão total do adulto, outras medidas podem evitar este acidente:
- Não permitir a brincadeira na laje e colocar proteções em escadas e ao redor delas;
- Manter uma mão no bebê durante a troca de fraldas e não deixa-lo sozinho;
- Evitar uso do beliche para crianças com menos de 6 anos e proteger as laterais com grades;
- Usar redes e grades nas janelas e sacadas e evitar móveis embaixo das janelas;
- Usar portões de segurança nas extremidades de escadas, impedindo o acesso da criança;
- Usar tapetes antiderrapantes ou tirar os tapetes;
- Não utilizar andadores, que comprometem o desenvolvimento da criança e podem causar quedas graves;
- Certificar-se que os móveis estão estáveis e fixos, principalmente com aparelhos de TVs e outros objetos pesados;
- No parquinho, permitir o uso de brinquedos de no máximo 1,5m de altura, em bom estado, de acordo com a faixa etária da criança e com pisos macios para absorção da queda.
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