Os agentes penitenciários do Piauí
deflagraram greve na última terça-feira (23), durante assembleia geral
da categoria. A partir desta sexta-feira eles cruzam os braços por tempo
indeterminado. Eles alegam falta de diálogo com o governo do Estado e
pedem que seja dado um reajuste salarial de 60%, parcelado em seis
parcelas, durante três anos.
O presidente do Sindicato dos Agentes
Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi), Vilobaldo de Carvalho, afirma que
há 45 dias o Governo Federal enviou uma carta, informando que mandaria
uma proposta de reajuste para a categoria, mas até agora isso não
aconteceu e por isso eles decidiram por cruzar os braços. “Nós esperamos
um mês e nada aconteceu e decidimos esperar mais 15 dias para ver se
essa proposta chegaria, mas até agora nada e não dá mais para esperar”,
afirmou.
Além do reajuste salarial, a categoria
quer ainda a nomeação de 50 agentes penitenciários aprovados no último
concurso público; a retomada das obras das unidades prisionais, paradas
há três anos. Sendo uma em Altos, outra em Campo Maior e a terceira em
Teresina. Eles pedem ainda melhores condições de trabalho, aquisição de
equipamentos. “Ano passado a Secretaria de Justiça recebeu R$ 1,5 milhão
para compra de equipamentos, inclusive os de proteção individual, mas
até agora nada chegou até nós”, pontuou.
O problema da superlotação nas unidades
prisionais é uma das principais reclamações da categoria e a retomada
das obras das três penitenciárias e a conclusão delas contribuirá para
mudar essa realidade. “Esse já é um problema conhecido por toda a
sociedade e piora a cada dia. O último mutirão soltou 1.500 presos, mas
chegaram 1.800, então não melhorou nada. Se duvidar, piorou”, reclamou
Vilobaldo.
Com a greve, algumas atividades ficarão
suspensas, como as visitas íntimas, familiares e de advogados, a
condução de presos para audiências, transferência de presos entre
unidades prisionais e recebimento de presos de delegacias.
Fonte: meionorte.com
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