Amanda Todd foi encontrada morta em sua casa um mês depois de postar um vídeo no Youtube em que contava sua história e pedia ajuda.
A garota de 15 anos postou um vídeo no Youtube em que descrevia anos de bullying e ciberbullying que a levaram a consumir álcool e drogas. No vídeo de nove minutos, ela conta sua história com uma série de notas escritas à mão. A ex-líder de torcida disse ter sido convencida por um estranho a mostrar seus seios em um bate-papo online no Facebook.
Amanda conta no vídeo que cometeu esse grande erro quando tinha 12 anos e estava na sétima série. “Eu gostava de conhecer novas pessoas nos chats. Certa vez, um estranho me pediu para ligar a webcam e mostrar meus seios”, relata a jovem.
Um ano depois do acontecido, um homem anônimo entrou em contato com ela pelo Facebook com ameaças de publicar a foto caso ela não concordasse em se exibir novamente.
Como Amanda não se rendeu, ele executou a ameaça: divulgou a imagem para todos os seus amigos. Não satisfeito, algum tempo depois criou uma conta no Facebook, onde a foto do perfil era a foto de seus seios. “Chorei várias noites seguidas, perdi meus amigos e o respeito de todos”. Foi nessa época que ela começou a se cortar.
Todd relata ainda que tentou se envenenar bebendo água sanitária e pela ingestão remédios, pois sua tortura continuou no Facebook. Procurou várias formas de apoio, mas nunca conseguiu esquecer e nem superar a vergonha. E assim o corte dos pulsos se lhe apresentou como a solução mais rápida para dar fim à sua vida.
O caso gerou uma forte comoção entre os internautas de todo o mundo, que descarregaram na Internet palavras de condolências. Tanto no Twitter ou em inúmeras páginas criadas no Facebook as pessoa não param de lhe render tributo. No Youtube, uma enxurrada de vídeos responde ao que Amanda publicou.
O grupo ciberativista Anonymous confirma ter rastreado o homem que praticou ciberbullying contra Amanda Todd. Segundo o coletivo, o criminoso é um sujeito de 30 anos, que mora em New Westminster, na província canadense de British Columbia. Mas segundo a polícia canadense, o suspeito alega que era amigo de Amanda e indicou um morador de Nova York como o responsável pelo crime.
“Geralmente não gostamos de lidar com a polícia, mas fomos obrigados a colocar nossas habilidades em prática para proteger as crianças. Ironicamente, temos algumas boas pessoas em Vancouver, que chamaram a atenção de nosso admin para o caso. É uma história muito triste que afeta a todos nós”, diz uma mensagem enviada pelo grupo à uma emissora de TV canadense.
Confira o vídeo onde a adolescente desabafa um mês antes de cometer suicídio.
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