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sábado, 18 de maio de 2013

MP entra com ação civil contra empresa de Parnaíba

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Promotor de Justiça, Antenor Filgueiras/ Imagem: Tacyane Machado
O Ministério Público do estado do Piauí, representado pelo promotor de justiça, Dr. Antenor Filgueiras, responsável pelos direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos da Comarca de Parnaíba, entrou com uma Ação Civil Pública, nesta sexta-feira (17/05), em face do Curtume Cobrasil e das Secretarias do Meio Ambiente do município e do estado.
A ação foi impetrada devido à poluição ambiental gerada pela dita empresa em relação aos resíduos industriais despejados em local inapropriado e sem o devido tratamento. Estes resíduos estão sendo jogados em um terreno no Bairro Sabiazal, em Parnaíba.
Moradores da área denunciaram que estão sofrendo com o despejo dos resíduos do Curtume Cobrasil. O Ministério Público atuando como fiscal da lei e com base nos interesses da coletividade buscou acompanhar a situação de perto.
Os resíduos descartados pela empresa tem elevada quantidade de Cromo, muito utilizado na transformação de peles de animais em couro, produto resistente à biodegradação. Nesse processo, aplica-se o “sulfato de cromo III’, que promove o enrijecimento da pele garantindo a sua preservação. Esse elemento está presente em pequenas quantidades no organismo, tendo importantes funções, principalmente no metabolismo da glicose. Porém, quando em concentrações elevadas, é potencialmente perigosa à saúde e ao equilíbrio ambiental.
A presença do cromo nas águas, no solo e no ar, é prejudicial ao meio ambiente e à saúde dos seres vivos. Este metal pesado em excesso, pode causar inúmeras doenças, entre elas, o câncer.
Em visita ao local, foi constatado um forte cheiro, que instantaneamente leva à ardência dos olhos e nariz, o que torna a situação insuportável.
O que os moradores da área denominam como cheiro de “ovo podre’, é o gás sulfídrico (H2S). Esse gás, além de malcheiroso, é letal em altas concentrações, causando ainda, seríssimos impactos ambientais, dentre eles, a contaminação do lençol freático.
Na ação civil pública, o promotor relata ainda que, o cromo é necessário ao funcionamento do organismo, mas o problema está no excesso da dosagem, o que pode acarretar em intoxicação, pois o organismo só absorve a quantidade que necessita para desempenhar seu papel.
 fonte
Tacyane Machado para o Proparnaiba.com

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