terça-feira, 10 de junho de 2014

WhatsApp é alvo de golpistas para enganar e ameaçar mulheres no PI

Delegada Vilma Alves faz recomendações as mulheres para não caírem em golpistas na rede social. Veja casos.


Foto: Yala Sena

Ela foi mantida em cárcere privado na cidade de São Luis, sofreu agressões físicas e torturas psicológicas. 

A Delegada Vilma Alves disse que as maiores denúncias são de paqueras de São Paulo e Rio Grande do Sul. 

A adolescente de iniciais M. J. S pediu proteção à Delegacia da Mulher. Ela disse que está sendo ameaçada de morte por um homem que conheceu na rede social e que manteve um relacionamento no mês passado.


A jovem, que mora na zona Sul de Teresina, diz que viajou a São Luís para conhecer o pretendente, mas a aventura virou um pesadelo.

“Uma amiga minha me adicionou num grupo de WhatsApp. Eu comecei a conversar com ele e ele me convidou para ir para São Luís. Passei três dias na casa dos pais dele, quando tudo começou a piorar. O pai dele me xingou e expulsou da casa e ele alugou um apartamento todo gradeado no bairro Paço do Luminar”, afirmou.

A jovem descreve que a partir daí, o seu namorado, identificado como Richard Dem Anderson Rodrigues Macedo, de 22 anos, ficou com um comportamento mais agressivo. “Depois disso, eu disse que ia embora, mas ele não deixou. E disse que eu só sairia de perto dele se fosse morta. A partir daí ele, ele me bateu várias vezes, me jogava no chão, mordia e tentou me matar enforcada”, descreveu.


M.J.S. ficou na capital maranhense do dia 17 de maio e só conseguiu fugir, com ajuda de vizinhos, no dia 5 de junho. “Teve uma vez que ele me bateu e eu gritei, os vizinhos ouviram e aproveitaram um dia ele saiu para me ajudar a escapar. Só consegui trazer uma bolsa. Minhas roupas e até o histórico escolar ficaram lá. Agora ele está com meu chip, depois que quebrou meu celular e liga para todas as minhas amigas, querendo saber onde estou. Tenho medo que ele faça algo”, declara a jovem.

A garota diz que Richard liga muito educado para as amigas e muitas vezes se passa por delegado, dizendo que está investigando o caso do desaparecimento dela. “Eu tenho medo porque ele sempre se passa por uma pessoa boa, mas ele não é”, destaca.

Recomendações da delegada

Investigar procedência do paquera;
Pedir telefones pessoais e do trabalho;
Não viajar sem ter certeza que a pessoa é de confiança;
Se viajar, avise os pais, amigos e deixe endereços e telefones;
Não ceder fotos e imagens sensuais;
Não fornecer dados da família


Flash Carlos Lustosa Filho e Yala Sena

Nenhum comentário: