Suspeita de ter planejado a morte do padrasto, Carolinne Mayara Barbosa,
de 19 anos, nega o crime e acusa a própria mãe de ter assassinado José
Janilson Rabelo, de 47 anos, asfixiado e morto a marretadas no dia 21 de
agosto em São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal. A jovem chorou ao
ser presa nesta terça-feira (4) na Zona Norte da capital. "Minha mãe
nunca gostou de mim, sempre viveu me espancando. Eu sempre cheguei na
casa do meu pai pra passar o fim de semana toda roxa dela me espancando.
Eu falava pra ela ´mainha, teu marido tá fazendo isso, isso e isso
comigo´ e ela só dizia que não queria saber não.", disse Carolinne.
A jovem afirma que a mãe dela, um mês antes do crime,
foi até a Caixa Econômica Federal para saber se, em caso de o marido
morrer, se ela ficaria com a casa ou teria que arcar com as prestações.
"Aí informaram a ela que a casa ficaria quitada e ela ficaria com a casa
e o dinheiro da aposentadoria”, afirmou Carolinne.
A Polícia Civil ainda procura o namorado da suspeita, identificado como
Juano Moisés da Silva Mota, de 34 anos, que continua foragido. Ele é
apontado pela Polícia Civil como executor do crime.
Delegado de São Gonçalo do Amarante, Márcio Delgado explica que
Carolinne e o companheiro fugiram logo após o assassinato. "Fugiram para
outro estado, mas ela se afastou do namorado porque disse estar sendo
ameaçada. Voltou para a casa do pai biológico quando se sentiu segura.
Foi então que fizemos a prisão", afirma.
Ainda de acordo com Márcio Delgado, o crime foi cometido por um motivo
banal. "Havia uma desavença familiar com o padrasto e a mãe. Não houve
sinal de arrombamento, o que nos levou a concluir que o crime foi
cometido por alguém de casa", conta o delegado.
Carolinne é suspeita de ter planejado o crime. Os mandados de prisão
contra ela e Juano foram assinados pela juíza Denise Léa Sacramento
Aquino.
O crime
O corpo de José Janilson Rabelo foi encontrado na sala de casa pela
própria mulher dele assim que ela chegou do trabalho. Abalada, ela disse
à polícia que o marido não tinha inimigos e que não tinha ideia do que
poderia ter motivado o crime.
Uma equipe da Delegacia Especializada de Homicídios (Dehom) foi chamada e
encontrou uma marreta com manchas de sangue ao lado do corpo. A mulher
contou também que nenhum objeto foi levado de dentro da casa e que o
portão da residência não tinha sinais de arrombamento.
A polícia foi ao endereço dos suspeitos na noite seguinte ao crime, onde
conseguiu prender um homem, pois na residência foram encontrados drogas
e um revólver calibre 38. As outras duas pessoas que estavam na casa, a
Carolinne e o namorado dela, fugiram pelo mangue", afirma o delegado.
Fonte: G1 RN
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