Siri é a solução para gerar renda no período do defeso |
Além de contar com boa
comercialização, o "primo pobre" garante uma opção de renda a quem vive
da cata e está proibido de de fazê-la desde o dia 6 de janeiro.
Como a primeira etapa do defeso se estende até o dia 11 de janeiro, não é possível encontrar caranguejos vivos nos principais pontos de comercialização de Parnaíba.
O siri, então, se torna seu substituto imediato, até porque sua venda é permitida nesse período do ano.
Os
siris têm boa comercialização e são a principal opção para que
vendedores não fiquem parados. É o caso de Cláudio Santos, que é catador
e vendedor. Ele recebe um salário mínimo todos os meses no período de
proibição e ainda incrementa a renda. "Se for pegar (caranguejo) no
período de defeso, estamos 'no sal'. Tem que esperar passar a proibição
para a gente começar de novo. Por enquanto, a gente vai se virando no
siri devagarzinho".
Segundo dados do Ibama, mensalmente são extraídos cerca de 100 toneladas de caranguejos dos mangues da região do Delta do
Parnaíba. A Operação Uçá manterá equipes de fiscais durante todo o
período da proibição, mantendo vigilância no Delta, Porto dos Tatus e
Carnaubeiras para evitar o seu desembarque.
A proibição ocorre de
janeiro a março, em dois períodos de cada mês. Em janeiro, entre os dias
6 e 11 e de 21 e 26. Em fevereiro, de 4 a 9 e de 19 a 24. Em março, de 6
a 11 e de 21 a 26. É nesse período que os caranguejos se acasalam,
garantindo a reprodução da espécie.
Nos primeiros anos de
defeso, a comercialização era proibida em bares e restaurantes. A
solução encontrada foi elaborar um cadastro para todo o crustáceo que
fica estocado durante os períodos proibidos.
Nesta época do ano, o
empresário Ruiter Castro estoca todos os caranguejos em uma temperatura
de - 5º C para não congelar a carne. "Nós lavamos o caranguejo, matamos
no choque térmico e conservamos com bastante gelo e água dentro de
isopores grandes. Dura quatro ou cinco dias".
Cidadeverde.com
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