Vereadores de Parnaíba votaram Projeto de Lei do Executivo, que autoriza a doação de 100 mil reais como auxílio financeiro para a construção do Clube Social do Sinte - Núcleo Regional de Parnaíba.
O projeto foi aprovado em duas votações realizadas ao meio dia da segunda feira (21/09) durante sessão extraordinária na Câmara Municipal de Parnaíba.
O vereador Carlson Pessoa, votou contra o projeto por considerar a medida um contrassenso, uma vez que os servidores administrativos da educação estão sem receber o pagamento do Plano de Cargos, Carreiras e Salários, além de terem que se submeter a péssimas condições de trabalho.
“Nesse momento essa doação não faz sentido. Como nossos servidores vão conseguir se divertir nesse centro recreativo com a despensa de casa escassa e com as contas se acumulando para pagar? Essa é a realidade compartilhada por muitos professores e servidores da educação porque a Prefeitura não paga o Plano de Salários há um bom tempo”, questiona Pessoa.
Estão sem receber o benefício os secretários, merendeiras, zeladoras, vigias e técnicos de informática.
O pagamento referente ao Horário Pedagógico (HP) dos professores também não foi efetuado.
Insatisfeitos, no final de agosto os servidores procuraram o Ministério Público, por meio do promotor da 2º Promotoria de Justiça de Parnaíba, Cristiano Peixoto, que convocou uma audiência com representantes da Seduc, da Prefeitura e do Sinte.
A representante financeira da Prefeitura alegou falta de recursos para cumprir o Plano. A presidente do Sinte apresentou a documentação enviada ao prefeito Florentino Neto (PT) que como paliativo, autorizou o pagamento de uma gratificação. No entanto, a bonificação é inferior ao valor a que os funcionários têm direito, além de não ser computada para a aposentadoria.
“A decisão do prefeito serviu apenas para acomodação tanto dele, quanto dos servidores porque o problema não foi resolvido. Estamos lutando não somente pelo nosso salário, mas também por melhores condições de trabalho no ambiente escolar. Tem zeladoras usando produtos químicos sem dispor de equipamentos de segurança. Há casos também de secretários e professores que levam trabalho pra casa, sem contar que acontece desvio de função e nada disso é ressarcido”, expõe uma das componentes da comissão, Andreia Olivan Costa.
Por Luzia Paula /Ascom
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