21/10/2015 • 15:26
O ex-presidente Luís Inácio “Lula” da Silva acaba de receber na sede da Assembléia Legislativa do Piauí os títulos de cidadania teresinense e piauiense. Lula disse estar honrado com a honraria e comentou sobre a vinda ao Piauí na década de 80, no intuito de fundar o PT.
"Em 1982 estive aqui fazendo a primeira caravana, quando alugamos um ônibus saindo de Teresina, fomos à Água Branca, Oeiras, Santo Antônio de Lisboa, Picos e a imagem que tenho é a gente ir dormir na casa do Zé Pereira e ele pregando as janelas e as portas com medo dos inimigos fazerem algum mal pra gente", disse o ex-presidente em discurso na sessão solene.
Lula destacou que ninguém deve governar o Brasil sem visitar os estados. "Tem que sair para conhecer o Brasil, por isso, quando eu fui eleito eu peguei meus ministros e os trouxe ao Piauí para conhecer o Brasil, pois, o Brasil não é só Avenida Paulista e Copacabana", falou.
Ele afirmou ainda que, não faz política esperando agradecimento. "Tem que ser que nem jogador de futebol. Marcou um gol sai aplaudido, perdeu um pênalti, sai escorraçado”, disse Lula.
Na mesma fala, o ex-presidente citou um dos motivos de ter vindo ao Piauí, que é o de discutir sobre a Educação do Estado. Lula disse que em sua época na Presidência da República foram feitas 455 escolas técnicas em 12 anos enquanto seus adversários levaram 100 anos para fazer 140. "Acabamos de aprovar o Plano Nacional de Educação. Os pobres subiram um ou dois degraus na escala social desse país e eu sonho ainda mais", concluiu Lula.
A entrega do título
Durante a outorga Themístocles Filho (PMDB), presidente da casa, destacou que o ex-gestor é merecedor do título. “Devido ao trabalho e carinho que dedicou ao Piauí, onde lançou o Fome Zero. Quando assumiu o governo 42% dos piauienses eram miseráveis, e quando deixou o cargo esse número caiu pela metade”, comentou Themístocles.
Como já havia sido anunciado, a bancada do PSDB no Piauí compareceu à sessão de entrega de título de cidadania ao ex-presidente. Para os tucanos, essa visita é apenas uma estratégia para amenizar o desgaste de imagem do petista que vem sendo investigado em vários escândalos de corrupção no Brasil, como o tráfico de influência internacional para favorecer a construtora Odebrecht, uma das empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato.
“O ex-presidente usa o Piauí apenas quando há algum interesse. Quando esteve ocupando a Presidência da República, e até pouco tempo depois disso, ele sequer se dispôs a receber esse título. Está claro que, na verdade, ele vem com a estratégia de usar o Piauí como maneira de amenizar o seu desgaste de imagem, já que o Nordeste é um das regiões onde os petistas tem mais votos. São fatos produzidos para dar um ganho na imagem do presidente, o que não resulta em nada, pois a população já está ciente do males causados pelo PT no país”, destacou Marden Menezes, presidente diretório estadual do PSDB.
O governador Wellington Dias discursou durante a sessão destacando o social, o qual segundo ele, é a grande revolução do governo Lula. "Hoje o brasileiro que era considerado mais pobre, que não tinha condições sequer de se alimentar, pode tomar café, almoçar e jantar todos os dias”, afirma.
Em seu discurso, o secretário de Cultura do Piauí, deputado estadual Fábio Novo (PT), destacou a importância da intervenção do presidente Lula, em obras importantes que se arrastavam há anos na capital e no interior. “Nasci em Bom Jesus e eu não tive o direito de estudar na minha cidade", disse o deputado.
Fábio Novo foi um dos parlamentares que propôs o título para Lula. "Eu gastava 24 horas para chegar a Teresina, porque as nossas estradas era uma tábua de pirulitos", falou Fábio Novo, relembrando como era sair no ano de 2003 em direção à Parnaíba, Picos e Corrente.
Fábio Novo fez referência ao advogado, recém formado que homenageou os pais, durante a formatura com um cartaz que dizia "O filho do catador de lixo e da vendedora de castanhas também venceu". Fábio Novo disse que hoje, com os investimentos na educação realizados no governo Lula, os menos abastados tem a oportunidade de estudar, incluindo o ensino superior.
Militantes anti e pró- PT entram em conflito em frente à Alepi
Manifestantes do movimento “Vem pra Rua” e militantes do Partido dos Trabalhadores entraram em conflito em frente à Assembléia Legislativa do Piauí, onde o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva recebe os títulos de cidadania piauienses e teresinense.
No microfone as lideranças trocaram ofensas e a Polícia Militar foi chamada para acalmar os ânimos das cerca de 100 pessoas presentes no local.
Dentro do plenário da Alepi, o clima era de tranquilidade. O ex-presidente entrou e saiu sem falar com a imprensa devido ao grande tumulto, mas tirou fotografias com algumas pessoas de religião de matriz africana que o aguardavam na saída do Plenário.
Movimento 'Vem Pra Rua' prepara ato com Pixuleco contra Lula
Por Raiana Albuquerque
Integrantes do movimento “Vem Pra Rua” iniciaram uma manifestação em frente à Assembléia Legislativa do Piauí (Alepi) em protesto contra a concessão de títulos de cidadania teresinense e piauiense ao ex-presidente Lula (PT), nesta quarta-feira (21).
De acordo com uma das coordenadoras do movimento no Piauí, a médica Adriana Sousa, será entregue ao personagem ‘Pixuleco’ o título de cidadão vergonha piauiense. “Nós estamos aqui hoje para trazer o Pixuleco e para entregar o título de cidadão a ele. Que é o título de cidadão vergonha piauiense, por apoiar atos de corrupção e por ser denunciado por receber propinas”, comentou.
A médica questiona o que Lula trouxe de crescimento para o Estado para ser merecedor de tais títulos e afirma que diante de tantos escândalos e da crise que o País enfrenta, não há motivos para a concessão dos mesmos.
“Nós achamos essa homenagem totalmente inoportuna, diante da situação crítica, da crise política, da crise ética, que o Brasil se encontra, onde o ex-presidente e vários integrantes do partido dos trabalhadores hoje estão sendo implicados em denuncias de corrupção, comprovado em investigações feitas pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal. Qual foi o projeto de educação que o Lula executou aqui no Piauí? Aliás, o quê que o Lula trouxe de fato ao Piauí? Para que o Estado crescesse e se desenvolvesse da forma como poderia ser?”, interpelou.
Questionada pelo Portal AZ sobre como o movimento se mantém, Adriana afirmou que boa parte do financiamento vem da classe médica. “Nossos financiadores são classe médica, que financia praticamente 70% dos eventos, e o restante são alguns empresários indignados e alguns cidadãos de bem que tem vergonha da corrupção que está instalada hoje no Brasil”, finalizou a militante.
Movimento 'Vem Pra Rua' prepara ato com Pixuleco contra Lula
Por Raiana Albuquerque
Integrantes do movimento “Vem Pra Rua” iniciaram uma manifestação em frente à Assembléia Legislativa do Piauí (Alepi) em protesto contra a concessão de títulos de cidadania teresinense e piauiense ao ex-presidente Lula (PT), nesta quarta-feira (21).
De acordo com uma das coordenadoras do movimento no Piauí, a médica Adriana Sousa, será entregue ao personagem ‘Pixuleco’ o título de cidadão vergonha piauiense. “Nós estamos aqui hoje para trazer o Pixuleco e para entregar o título de cidadão a ele. Que é o título de cidadão vergonha piauiense, por apoiar atos de corrupção e por ser denunciado por receber propinas”, comentou.
A médica questiona o que Lula trouxe de crescimento para o Estado para ser merecedor de tais títulos e afirma que diante de tantos escândalos e da crise que o País enfrenta, não há motivos para a concessão dos mesmos.
“Nós achamos essa homenagem totalmente inoportuna, diante da situação crítica, da crise política, da crise ética, que o Brasil se encontra, onde o ex-presidente e vários integrantes do partido dos trabalhadores hoje estão sendo implicados em denuncias de corrupção, comprovado em investigações feitas pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal. Qual foi o projeto de educação que o Lula executou aqui no Piauí? Aliás, o quê que o Lula trouxe de fato ao Piauí? Para que o Estado crescesse e se desenvolvesse da forma como poderia ser?”, interpelou.
Questionada pelo Portal AZ sobre como o movimento se mantém, Adriana afirmou que boa parte do financiamento vem da classe médica. “Nossos financiadores são classe médica, que financia praticamente 70% dos eventos, e o restante são alguns empresários indignados e alguns cidadãos de bem que tem vergonha da corrupção que está instalada hoje no Brasil”, finalizou a militante.
Por Valéria Amorim e Alexandra Teodoro
Fotos: Wilson Nanaia
Atualizada às 15h21
Fotos: Wilson Nanaia
Atualizada às 15h21
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