Na escola a preocupação com a segurança é uma inquietação constante de pais e gestores. Um fato isolado ocorrido no início da tarde de segunda-feira (14/03), na Escola Estadual Lima Rebelo, no Bairro Nova Parnaíba, em Parnaíba, comprometeu a sensação de segurança da comunidade escolar.
Um adolescente de 17 anos de idade, residente no Bairro Ilha Grande de Santa Isabel, foi baleado no rosto por seu colega de sala de aula. Fato ocorrido em frente à sala de mídia, onde fica a biblioteca da escola. Em seguida, o jovem foi levado para uma pia onde seu rosto foi lavado.
A diretora da instituição, Sandrilene Borges dos Nascimento recebeu afirmou que a instituição já havia tomado uma série de medidas quanto à segurança, como a instalação de câmeras de filmagens e as frequentes abordagens aos alunos para constatação precoce de algum problema. A entrada na escola era permitida prioritariamente aos alunos. O fato aconteceu em um ponto cego da instituição, onde os alunos costumam ficar para evitar não aparecer nas filmagens. A diretora ainda relatou que a instituição ganhou notoriedade pelos avanços conseguidos, o que, inclusive, aumentou o número de alunos consideravelmente. Disse também que o uso de drogas na escola foi acabado após uma intervenção.
Cleane Maria Ferreira da Costa é tia do estudante e disse que soube por telefone que tinha acontecido algo desagradável com o sobrinho e que tinha explodido uma bomba em seu rosto. Contou que outros alunos presenciaram a agressão; mas estas pessoas estão com receio de testemunhar. Informou que vai representar contra o Estado.
O adolescente vítima do balaço relatou que estava manuseando um celular quando foi baleado no rosto, inclusive foi auxiliado por seu agressor que o ajudou a lavar o rosto na pia. A bala transfixou a bochecha e saiu abaixo da orelha. O garoto diz que não sabe quem o agrediu; mas seus parentes disseram o nome, apelido e que os dois são colegas de sala de aula. Segundo os familiares, o agressor teria dito que tinha intenção de atingir somente a mão da vítima e não seu rosto.
A realidade sofrida pelo estudante deixa evidente que tantos professores como os diretores também sofrem risco. Mas desta vez o aluno é quem foi o alvo dentro da escola. A motivação ainda está sendo investigada. Diante do caso é importante envolver a equipe e a comunidade sobre assunto em debates permanentes e criar um grupo com representantes de todos os públicos para mapear os pontos mais frágeis e discutir as possíveis soluções em conjunto.
Por Daniel Santos
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