domingo, 10 de fevereiro de 2019

Empresárias denunciam falso depósito bancário e polícia investiga golpe no Piauí


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Duas empresárias denunciaram ao Cidadeverde.com o "novo golpe" que está sendo aplicado em Teresina: o comprovante falso de depósito ou transferência bancária agendada. O caso já foi repassado a Polícia Civil para investigação.

A empresária Raissa Marques foi uma das vítimas. Proprietária de uma clínica de estética, ela relata que a "cliente" busca pelo serviço e paga o procedimento via transferência bancária, geralmente agendada, mas o dinheiro não cai como prometido. Uma das clientes que aplicou o golpe em Raissa causou um prejuízo de R$ 490. Depois de 4 meses tentando receber pelo pagamento, a empresária decidiu processar a cliente, que já foi identificada. 

"Ela, essa Natália, agendou para fazer todos os procedimentos (micropigmentação, alongamento de cílios, limpeza de pele). Quando terminou, ela falou que iria transferir o dinheiro, me mandou um comprovante agendado e o dinheiro não caiu", relatou Raissa. 

Mesmo descobrindo a tentativa de golpe e de não receber pelo procedimento, que foi dividido em algumas sessões, a "cliente" identificada pela Raissa voltou a clínica para continuar com o tratamento. Raissa conta que a "cliente" chegou a agendar um novo pagamento no valor de R$ 90, que também não caiu na conta. "Eu falei que isso não era nem a metade da dívida". 

A segunda empresária ouvida pelo Cidadeverde.com preferiu não se identificar. Ela teve o prejuízo de R$ 510. Ela já registrou um boletim de ocorrência. A empresária relatou como o golpe aconteceu em sua loja, localizada na zona Norte de Teresina, mas que também faz vendas online. 

"Elas entram em contato com a loja, se passando por clientes, e fecham a compra online via Whatsapp ou direct no Instagram. Na hora de fazer o pagamento, pede os dados bancários da pessoa (ou da loja) e dizem que vão fazer a transferência ou o depósito. E enviam um comprovante, bem 'bonitinho' com o valor da venda e tal. Só que o comprovante é falso", explica.

A empresária afirma possui a política de enviar os produtos em até 24 horas, após comprovação do dinheiro cair na conta, caso o pagamento seja realizado via depósito ou transferência. No entanto, a insistência da "cliente", também identificada como Natália, a fez abrir uma exceção já que alegava uma viagem para o final de semana. As roupas foram entregues em uma sexta-feira.

Ao questionar que sobre o pagamento não ter caído, a empresária disse que recebeu como resposta que poderia ter ocorrido algum problema bancário, pois a "cliente" nunca teria passado por isso. 

"Eu confiei, fiz a entrega. Quando foi a noite, verifiquei na conta, e vi que não tinha caído. Aí, fui falar com ela, me deu mil desculpas, dizendo que nunca tinha acontecido". 

O caso está sendo investigado em delegacias diferentes. As empresarias acreditam que seja a mesma pessoa aplicando o golpe, devido as características e o nome.

O delegado Carlos André Rodrigues, do 2º Distrito Policial, informou ao Cidadeverde.com que já teve conhecimento do caso da empresária na zona Norte e que já iniciou a investigação. As oitivas deverão ocorrer logo. Ele ressaltou ainda que a suposta estelionatária, indicada pela empresária, possui documentação de São Luís (MA) e, por isso, ela deverá ser ouvido após envio de carta precatória para a delegacia da capital maranhense. O vigia do condomínio em que ocorreu a entrega das roupas também deverá ser ouvido. 

Fonte:Cidade Verde

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