sexta-feira, 24 de junho de 2022

Grávida de gêmeos após estupro, família decidirá se vítima de 11 anos fará aborto legal

 


 Uma menina de 11 anos, grávida de gêmeos após ser estuprada, vai decidir juntamente com a família se fará ou não o aborto legal.

O Ministério Público do Estado determinou que a maternidade Dona Evangelina Rosa faça um procedimento de acompanhamento psicológico da vítima que está com doze semanas de gestação.


 “Não existe decisão judicial, não há necessidade. O que existe é um procedimento de acompanhamento determinado pelo Ministério Público para que a vítima tenha toda assistência psicológica”, afirmou o promotor José William Pereira Luz, que acompanha o caso.

Ele afirma ainda que segue orientação do Ministério da Saúde que determina quatro fases para se seguir quando a vítima de estupro é menor de idade.

“Existem fases que vão desde a constatação da gravidez até o acompanhamento psicológico. Quem decide sobre o aborto é a família e a equipe médica. Essas fases são para proteger a vítima e não temos intenção de burocratizar”, disse o promotor.  

O aborto legal, segundo nota técnica do Ministério da Saúde, é preciso que a vítima esteja até a 20 semanas. A legislação vigente não determina datas para a interrupção da gravidez em crianças e adolescentes, mas os hospitais e maternidades seguem o protocolo do Ministério. 

“A família decide ou não pelo aborto. Todos os trâmites são seguidos para evitar que a vítima se arrependa de fazer o aborto. Temos que garantir o respeito a lei e a integridade física e psicológica da vítima. A rede precisa está funcionamento em meio a essa tragédia”, disse o promotor.    

Prisão 

O padrasto da menina, um homem de 35 anos, foi preso no último dia 06 de junho como principal suspeito pelos abusos sexuais. Segundo o delegado Felipe Andrade, responsável pelas investigações do caso, o homem mantinha um relacionamento com a mãe da vítima há cerca de um ano, e aproveitava sua ausência para cometer os abusos sexuais. 

"A mãe começou a perceber comportamentos estranhos da criança. Ela a indagava, mas a filha sempre ficava na defensiva, pois ela estava sendo ameaçada. Acabou que a mãe tomou conhecimento, foi conversar com o autor do estupro e ele a ameaçou. Ela saiu de casa e denunciou o caso", informou o delegado Felipe Andrade.

Fonte: Cidade Verde

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