A assessoria do Hospital Dirceu Arcoverde informou que a direção da casa de saúde está apurando o caso.
Um sonho interrompido de forma abrupta. A jovem Maria Elizete dos Santos estava muito feliz, pois iria dar à luz a sua primeira filha, mas o que ela não sabia era que seu sonho se tornaria um pesadelo. A bebê que ela esperava morreu na sua barriga nessa quinta-feira (21), após demora em atendimento médico no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde em Parnaíba, litoral do Piauí. A jovem já procurava ajuda médica há seis dias e nenhum dos médicos realizou a cesárea.
Segundo a tia da jovem, identificada como Maria Antônia, Maria Elizete enfrentou durante nove meses uma gravidez de risco, mas seguiu todas as orientações médicas e realizou todos os exames para que pudesse chegar ao final do período gestacional e ter sua filha no colo. 
Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA)
“Ela foi no sábado, estava sentindo dor, mas não estava derramando líquido, fizeram o toque e mandaram ela pra casa, dizendo que a criança não estava encaixada, passou domingo, segunda-feira acompanhei ela no posto e a médica olhou os exames e falou que realmente o cordão umbilical estava enrolado no pescoço e disse: 'se você sentir qualquer dor, procure o hospital ou a maternidade'. Quando foi na terça-feira ela foi, falou com o médico, fizeram outro toque e mandaram ela para casa com dor, quando foi na quarta-feira (20), a dor veio mais forte, ela derramando líquido. Ela foi ao hospital, quando chegou lá o médico falou que não sentiu as batidas do coração da criança e disse que era para ir no outro dia fazer uma ultrassom para saber como é que estava o bebê. Então quando ela foi fazer a ultrassom nessa quinta-feira (21) viram que o bebê estava morto, foi arriscado até dar um problema nela. Eles sabiam que a gravidez era de risco porque estava na ultrassom dela”, contou a tia, indignada.
Ainda de acordo com Maria Antônia, os médicos não queriam fazer a cirurgia para retirar o bebê morto, mas depois de muita insistência o procedimento foi realizado. “Ela está internada, foi uma burocracia para fazerem a cirurgia dela, nem os médicos queriam se responsabilizar. Graças a Deus ela está bem, não sentiu mais nada. Tive que fazer um vídeo ao vivo nas redes sociais, dizendo que ia levar a polícia. Não queriam operar ela de manhã. Não é o primeiro caso, eu não quero prejudicar ninguém, só quero que não seja mais um caso, quero que o Ministério Público procure saber o que aconteceu, porque o médico mandou ela ir embora com dor e ocorreu a morte da bebezinha, quero que eles entrem em contato com a gente para dar um esclarecimento. Meu sentimento não é só de tristeza, é de raiva”, finalizou a denunciante.
Outro lado
Procurada pelo GP1, na manhã desta sexta-feira (22), a assessoria do Hospital Dirceu Arcoverde informou que a direção da casa de saúde está apurando o caso e que enviará uma nota posteriormente. "ADiretoria está apurando o caso", disse a assessoria. 
GP1