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sábado, 28 de maio de 2011

Kelly Key, nova queridinha do público GLS: 'Sou uma artista da família'

Kelly Key, nova queridinha do público GLS: 'Sou uma artista da família'

Cantora tem feito shows em boates gays do Brasil e diz que leva cantadas de mulheres. 'Não me sinto agredida, mas não nasci assim'.
Ana Paula Andrade Do EGO, no Rio

 
a/EGO/Marcos Serra Lima

Kelly Key em um estúdio de fotografia no Rio de Janeiro, onde fez fotos para seu site pessoal e conversou com o EGO: cantora está morena após 10 anos loira e agora faz shows em boates GLS

Ela continua cantando “Baba, baby”, mas agora tem outros fãs. Depois de WanessaKelly Key é a nova queridinha do público GLS, e vem fazendo shows em boates de todo o Brasil – neste sábado, 28, ela se apresenta na Blue Space, em São Paulo. “Não é que eu tenha me voltado para o público gay. Os convites foram aparecendo e aí foi acontecendo. Mas sou uma artista da família. E numa família há pai, mãe, filhos, homossexuais e heterossexuais”, diz.
Em uma apresentação em abril na Le Boy, boate gay mais famosa do Rio, a cantora levou os pais e o marido para assistir ao show, que normalmente dura 40 minutos e rola nas madrugadas de sábado para domingo. “Foi tranquilão. Minha mãe até disse ‘nossa, como eles são carinhosos uns com os outros’. Hoje isso tudo faz parte da minha rotina”, conta Kelly, que comemorou a aprovação da união homoafetiva pelo STF. “Achei ótimo, foi uma grande vitória. Eles pagam impostos como qualquer um, devem ter direitos como qualquer um. Se eu que não sou homossexual me incomodava com isso, imagina eles.”

Kelly acha que não é gay porque não nasceu assim. “É pré-disposição genética. A pessoa não fica gay, nasce gay”, diz ela, que já levou várias cantadas de mulheres. “Não me sinto agredida, mas não nasci assim. Não tenho nada contra, mas não é minha opção sexual e não faria isso só por brincadeira”.

a/EGO/Marcos Serra Lima

A cantora na sessão de fotos para seu site: seis quilos mais magra e morena

Visual repaginado
Para a nova fase, Kelly deu uma repaginada e tanto no visual. Perdeu seis quilos (mede 1,67m e atualmente pesa 69 kg), passou a usar macacões daqueles “embalados a vácuo” nos shows e, após dez anos loira, ficou morena. E constatou: loiras chamam mais a atenção dos homens.

“Antes eles olhavam mais, mesmo. Mas estou feliz morena”, diz ela, casada com o empresário angolano Mico Freitas há sete anos. “Meu marido é um santo, sempre me elogia muito. Até quando eu estava grávida e pesava 80 quilos ele dizia que eu estava linda”, diverte-se.

Com Mico, a cantora teve Vítor, de seis anos. Ela também é mãe de Suzanna, 10, do casamento com o cantor Latino – os dois não se bicam e só falam o essencial por conta da filha. Por causa das viagens a trabalho, Kelly conta com a ajuda do marido e de uma babá para cuidar dos filhos. “Tento estar sempre presente, mesmo quando estou ausente fisicamente”, comenta a cantora, que leva um dentinho de Suzanna como pingente num cordão de ouro e já mandou fazer um com o de Vítor.

Kelly diz que não é “uma mãe quadrada”, mas nunca conversou com os filhos sobre homossexualidade. “Não preciso explicar, está exposto na TV. Toda novela agora tem um casal homossexual. Para mim já era normal, e está ficando cada vez mais.”

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