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terça-feira, 26 de junho de 2012

Álcool é a maior causa de morte e doenças no Brasil, diz especialistas


No Dia Mundial de Combate as Drogas, a Câmara de Teresina realiza audiência pública sobre o caso.

 
Uma audiência pública na Câmara Municipal de Teresina, convocada pela vereadora Teresa Britto (PV), alerta para a fiscalização e implantação de políticas públicas para combater o uso excessivo de álcool, principalmente entre jovens. O álcool é responsável diretamente por 64 tipos de doenças. 

Estão presentes membros da Associação Beneficente Viva Bem que faz trabalho preventivo de esclarecimento sobre os malefícios causados pelo álcool. 


A vereadora Teresa Britto cobra maior rigor no cumprimento da Lei 3.550/2006 que proíbe a venda e o fornecimento de bebida alcoólica para menores de 18 anos. “Precisamos trabalhar a sociedade para este mal que além do aspecto da saúde, é responsável pela estruturação da família e por isso queremos que a aplicação desta lei seja fiscalizada. É cientificamente provado que o álcool é a porta de entrada para outras drogas”, declarou.

O médico hepatologista Antonio Barros profere palestra no plenarinho da Casa. Segundo ele, o álcool já é a maior causa de adoecimento e morte no Brasil. “Há 20 anos, o álcool era a terceira causa, atualmente passou a hipertensão e o tabagismo no número de mortes. O álcool está presente em metade das mortes violentas no país”, explica. 

O especialista participou no ano passado de uma audiência na Câmara Federal para discutir o tema. E entregou um documento chamado Controle Social do Álcool com propostas já experimentadas em outros países para serem implementadas pelo governo federal.  Entre as principais questões está que as políticas públicas devam começar pelo álcool e não pelo crack como vem acontecendo, já que o crack é uma conseqüência. A outra medida é a restrição das propagandas de bebidas alcoólicas e a colocação de blistzen itinerante para aferir o nível de álcool dos motoristas, além da utilização do termo etilismo de risco seja difundido como uma forma de prevenção. 

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) um homem que consome de 14 drinks por semana ou quatro drinks por ocasião é considerado um etilismo de risco, e está propenso a ser alcoólatra. Um drink corresponde a 12 gramas de etanol sendo um chopp, uma taça de vinho ou uma dose de bebida destilada.

A presidente da Associação Viva Bem, Virginia Sérvio, afirma que a entidade pretende fazer essa conscientização aos poucos, principalmente nas escolas. “Nossa esperança é que aconteça com o álcool o mesmo que ocorreu com o cigarro, por conta de diversas campanhas as pessoas estão mais conscientes em relação ao cigarro. É preciso alertar os pais porque muitas vezes os adolescentes começam a beber dentro de casa, na companhia dos pais”, declarou. 

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