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terça-feira, 19 de junho de 2012

Rio+20

  Piauí perdeu 30% da área de caatinga




O desmatamento está ocorrendo de forma veloz no Piauí. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografias e Estatística) divulgou sua pesquisa Os Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS) 2012, lançada durante a Rio +20, mostra que foram desmatados até 2009 48.749 quilômetros quadrados de caaringa, o que equivale a 30,9% do bioma no Piauí.

No Piauí, as áreas remanescentes de caatinga equivalem a 157.98 hectares. Essa área remanescente de caatinga até 2009 era de 109.236 quilômetros quadrados, correspondentes a 69,1% da área original.

O IBGE informou que na área dos Cerrados no Piauí foram desmatados 15.789 quilômetros quadrados até 2009, equivalentes a 16,9%%. A área original dos Cerrados no Piauí era de 93.424 quilômetros quadrados. A área remanescente de Cerrados no Piauí até 2010 era de 77.635 quilômetros quadrados, equivalentes a 83,17% da área original.

O superintendente de Meio Ambiente, Carlos Moura Fé, disse que o desmatamento nos cerrados e na caatinga está relacionada com a abertura de áreas na fronteira agrícola para plantio.

Segundo ele, nos cerrados o desmatamento foi feito para plantio em larga escala de soja, milho e algodão e na caatinga o desmatamento é mais para a agricultura familiar, mas o agronegócio já está desmatando áreas de caatinga para a agricultura mecanizada.

A pesquisa mostra o aumento dos focos de calor no Piauí. Se em 1998, os focos de calor eram 3.595; em 2004, eles chegaram a 11.274 e em 2009 estavam em 3.952.

A pesquisa do IBGE traça um panorama do país, em quatro dimensões: ambiental, social, econômica e institucional.

Os 62 indicadores, produzidos ou reunidos pelo IBGE, mostram ganhos e fragilidades. Entre os ganhos, incluem-se: a redução, em seis anos, de cerca de 77% no desflorestamento bruto anual da Amazônia Legal, o aumento do número de áreas protegidas, a queda da mortalidade infantil, pela metade, em uma década, e o acesso crescente às redes de água e esgoto e aos serviços de coleta de lixo.

Entre as fragilidades, temos a permanência das desigualdades socioeconômicas e de gênero. Perto da metade dos indicadores aponta resultados favoráveis, parte deles com algum tipo de ressalva.

Assim, a maioria dos poluentes do ar, em áreas urbanas, registrou tendência estacionária ou de declínio, mas os valores ainda são altos em algumas cidades e regiões metropolitanas, acima até dos padrões estabelecidos.

Um dos maiores desafios é o do saneamento, cujos valores de coleta, destinação ou tratamento adequado de água, esgoto e lixo, em parte ainda baixos, interagindo com outros indicadores, apontam para consequências como persistência do elevado número de internações por doenças ligadas à falta de saneamento básico, mais comuns no Norte e no Nordeste.

Ou as ameaças crescentes aos biomas e espécies brasileiras sob perigo de extinção. Os níveis de reciclagem são elevados, embora mais associados à atividades de catadores do que a coleta seletiva. As taxas de homicídios e de acidentes de transportes ainda são altas no Brasil.

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