Técnico em nível médio formado até 2007 pode assinar produção de vinhos.
Mudança na lei foi publicada no 'Diário Oficial da União'.
Produção de vinhos (Foto: Reprodução/TV Tem)
A partir de agora, quem se formou em um curso técnico em nível médio
para enólogo entre 1998 e maio de 2007 vai poder usar seu diploma para
exercer a profissão podendo, inclusive, assinar a responsabilidade
técnica por uma vinícola e pela produção do vinho. Uma lei publicada
nesta quinta-feira (27) no “Diário Oficial da União” permite o exercício
da profissão de enólogo aos portadores de diplomas de nível técnico que
estavam em uma espécie de “limbo”.É que a lei número 11.476, que regulamentou a profissão, publicada há 5 anos, dizia que só podia exercer a profissão de enólogo, além dos profissionais formados em cursos de graduação em enologia, "os possuidores de diplomas de nível médio em enologia expedidos no Brasil até a data de 23 de dezembro de 1998, a partir da qual houve o reconhecimento pelo Ministério da Educação do curso de Tecnólogo em Viticultura e Enologia e a formatura da primeira turma de Tecnologia em Viticultura e Enologia".
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Agora, quem fez curso técnico no período entre o reconhecimento do
curso superior pelo MEC e a promulgação da lei de regulamentação da
profissão também poderá ser considerado um enólogo, e não apenas um
técnico em enologia."A profissão demorou tanto tempo para ser regulamentada após a criação do curso superior que muitos técnicos em nível médio ficaram de fora", explica Christian Baraldi, presidente da Associação Brasileira de Enologia (ABE). A mudança no texto da lei corrige esta distorção.
Vinhos (Foto: Mônica Dias/G1)
O Brasil é um produtor relativamente pequenos de vinhos, segundo o
presidente da ABE. Os produtores se concentram na sua grande maioria no
Rio Grande do Sul, onde também estão a maioria dos cursos de formação
superior e de nível médio em enologia. São quatro instituições que
oferecem curso superior: Universidade Federal do Pampa (Unipampa);
Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), no campus Bento Gonçalves;
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense,
no campus Visconde da Graça; Instituto Federal do Sertão Pernambucano
(IF Sertão), em Petrolina, Pernambuco, onde há grande produção de vinhos. Os três institutos federais também oferecem o curso técnico em enologia."O país tem um potencial de crescimento muito grande pela questão dos diferentes estilos de clima e solo", avalia Baraldi. Segundo ele, o que se tornou o símbolo do potencial do Brasil são os vinhos espumantes.
NÃO CONFUNDA ENÓLOGO COM ENÓFILO OU COM SOMMELIER; VEJA AS DIFERENÇAS | ||
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ENÓLOGO |
Profissional formado em enologia que é responsável pela produção do vinho, do plantio das uvas até a distribuição. Trabalha em vinícolas. | |
ENÓFILO |
Qualquer pessoa apreciadora de vinhos |
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SOMMELIER |
Especialista em vinhos, cuida da promoção do produto final junto ao consumidor. Trabalha em lojas e restaurantes |
Segundo Baraldi, o enólogo pode atuar em duas linhas de trabalho. A primeira com um viés mais agronômico, atuando na condução da videira, determinando a qualidade da uva e analisando outros pontos que envolvem a matéria prima do vinho. O segundo perfil é mais industrial, com fico nas áreas de bioquímica e microbiologia. "Ele tem de ser também, é claro, deve ser um profundo apreciador e conhecedor de vinhos."
fonte g1
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