O Dia Mundial de Luta
Contra AIDS é lembrado neste sábado, dia 01. A Secretaria de Estado da
Saúde preparou uma série de atividades para a campanha deste ano com o
tema: “Faça o teste de AIDS. Não fique na dúvida. Fique sabendo”. No
Piauí, 70% das pessoas infectadas com o vírus são em homens.
Nos
dias 05 e 06 será realizado o I Fórum Estadual de Atenção às Pessoas
Vivendo com AIDS, com o objetivo de levar mais informação a população e
colher experiências. O evento acontecerá no Edifício Paulo VI, na
Avenida Frei Serafim, em Teresina.
No
Piauí de 1986 até 2011, foram notificados 4.782 casos na população em
geral. Destes, 3.201 (66,9%) são residentes no Piauí, os demais casos -
1.581 (33,1%) são provenientes de outros Estados, tais como: Maranhão,
Pará, Tocantins, dentre outros. A incidência de Aids no Piauí em 2011
foi de 8,5 casos por 100.000 habitantes. No total foram 266
notificações.
Ao
longo do tempo a Aids vem predominando na população masculina. Foram
2.258 casos (70,5%). Já na feminina esse número é de 943 (29,5%). No
ano de 2011 foram 190 casos de Aids em homens e 76 em mulheres. De 2000 a
2009, 727 pessoas morreram no estado vítimas da doença.
“Apesar
disso, observa-se o fenômeno de feminização da Aids, com aumento de
casos em meio a população feminina. Inicialmente, a razão entre os sexos
(masculino/feminino) era de 3.0 no começo da epidemia, e caiu para 2.5
casos em homens para uma mulher com Aids”, explica Karina Amorim,
coordenadora de Doenças Transmissíveis da Sesapi.
No Brasil
De
acordo com dados do boletim epidemiológico do Departamento Nacional de
DST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, de 1980 (quando
surgiram os primeiros casos de Aids no Brasil) até junho de 2011 foram
notificados 608.230 casos no País. Desses, 14.127 foram em menores de
cinco anos de idade. Entre 1980 e 2010 ocorreram em território nacional,
241.469 óbitos tendo como causa básica a Aids. Na distribuição por
regiões, a Nordeste encontra-se em terceiro lugar no número de casos,
com 78.686.
Infecção
A
infecção pelo HIV pode ser dividida em quatro fases clínicas: fase
aguda, fase assintomática ou de latência, fase sintomática inicial ou
precoce e Aids. Na fase aguda os sintomas são causados por infecções
virais, como: febre, astenia, adenopatia, faringite, mialgia, artralgia,
dor retroarticular, dentre outras. Já na fase sintomática inicial (ou
precoce), os episódios infecciosos mais freqüentes são geralmente
bacterianos, como as infecções respiratórias ou mesmo tuberculose. À
medida que a infecção progride podem ocorrer sintomas constitucionais
como febre, sudorese noturna, fadiga, diarréia crônica, cefaléia,
alterações neurológicas, infecções bacterianas (pneumonia, sinusite,
bronquites) e lesões orais, como a leucoplasia oral pilosa.
A
evolução da infecção pelo vírus HIV leva ao aparecimento da síndrome da
imunodeficiência adquirida, a Aids, com sintomas bem mais graves do que
na fase aguda e caracteriza-se por infecções oportunistas graves e
neoplasias.
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