A corporação dispõe de 15 kits de proteção, quando o ideal seria 310.
Governo do Estado ainda não cumpriu acordo feito em março deste ano.
Para ter segurança nas atividades os bombeiros precisam de vários equipamentos. Nos casos de combate a incêndio é necessário o uso de aparelho autônomo de ar respirável, por exemplo. Além disso outros acessórios como capacetes, jaquetas, luvas, botas, mantas de abafamento, entre outros, garantem a segurança dos militares.
No entanto, hoje a corporação dispõe de apenas 15 kits de equipamentos de proteção individual, quando o ideal seria 310 kits, o que corresponde ao número do efetivo de militares.
De acordo com Francisco da Cruz, presidente da Associação dos Bombeiros Militares, os bombeiros estão trabalhando com equipamentos e que não há reposição quando os materiais ficam sujos por material químico ou biológico. “Nós não temos a reposição desse material, já que a quantidade de kits é pequena”, diz Francisco.
Apesar de a corporação ter recebido recentemente duas novas viaturas de resgate, que vão se junta a outra viatura e mais cinco caminhões de combate a incêndio que compõem a frota, motoristas estão com habilitação vencida e não tem como todos os veículos saírem de uma só vez. “Está chegando o prazo para renovação de CNH dos motoristas e os que se encontram com a documentação vencida estão sendo retirados da escala de trabalho. O Comando está convocando os motoristas que estão com a documentação em dia e solicitando que eles vendam suas folgas para que não pare o serviço de socorro”, denuncia a Associação.
No município de Floriano, localizado na região Sul do estado, a situação também é preocupante. A viatura com problemas mecânicos, nem sempre pode atender as ocorrências. A Associação dos Bombeiros Militares ganhou na justiça uma ação por melhores condições de trabalho, mas de acordo com o presidente da categoria, o estado não cumpriu o que foi determinado.
“O Estado foi condenado para num prazo de 180 dias rever a situação a qual era submetida os militares. Ele teria que fazer a reposição dos kits de proteção de segurança, reforma das instalações dos quartéis e ainda os programas de saúde do trabalhador, mas nada foi cumprido”, disse.
O comandante geral do Corpo de Bombeiros do Piauí, Manoel Santos, disse que só este ano 70 kits de proteção individual já foram adquiridos para os militares. Ele reconhece a situação da falta de motoristas com habilitação vencida e disse que o comando geral está disposto a resolver o problema. Em relação à frota, o comandante disse que as viaturas são suficientes para atender a demanda atual de ocorrências, mas que em 2013 a corporação deverá receber novos veículos.
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