Os cortes são ainda maiores que o reajuste anunciado por Dilma.+
O governo publicou na
edição desta quinta-feira (24) do "Diário Oficial" uma medida provisória
e um decreto que regulamentam as reduções em tarifas de energia, que
deverão garantir queda no preço da conta de luz. Na véspera, a
presidente Dilma Rousseff confirmou, em pronunciamento em cadeia
nacional de rádio e TV, a redução na tarifa de energia elétrica
divulgada mais cedo pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Segundo
Dilma, o corte na tarifa de energia para residências será de 18% e para
a indústria, de até 32%, mesmos percentuais informados pela Aneel no
início da tarde desta quarta-feira. Os cortes são ainda maiores que os
anunciados pela própria presidente em setembro, quando ela afirmou que a
redução média seria de 16% para residências e de até 28% para a
indústria.
Leilane Nunes/Cidadeverde.com
No
pronunciamento, a presidente afirmou que a nova tarifa entraria em
vigor nesta quinta-feira e que seria formalizada por meio de um decreto e
de uma medida provisória.
"A
conta de luz, neste ano de 2013, vai baixar 18% para o consumidor
doméstico e até 32% para indústria, agricultura, comércio e serviços. Ao
mesmo tempo, com a entrada em operação de novas usinas e linhas de
transmissão, vamos aumentar em mais de 7% nossa produção de energia e
ela irá crescer ainda nos próximos anos”, disse Dilma durante o
pronunciamento, de pouco mais de oito minutos.
A
presidente criticou as previsões de que o corte na tarifa a ser
anunciado seria menor do que o pretendido pelo governo. “Como era de se
esperar, essas previsões fracassaram”, afirmou. Para Dilma, “aqueles
que são do contra estão ficando para trás”.
Em
dezembro de 2012, o secretário-executivo de Minas e Energia, Márcio
Zimmermann chegou a afirmar que não seria possível reduzir as tarifas no
percentual anunciado inicialmente pelo governo devido à recusa de
algumas empresas de energia. Rejeitaram as condições do acordo proposto
pelo governo Cesp (São Paulo), Cemig (Minas Gerais), Copel (Paraná) e
Celg (Goiás). Os quatro estados são governados pelo PSDB, que faz
oposição ao governo federal.
“Surpreende
que, desde o mês passado, algumas pessoas, por precipitação,
desinformação ou algum outro motivo, tenham feito previsões sem
fundamento quando os níveis dos reservatórios [das hidrelétricas]
baixaram e as [usinas] térmicas foram normalmente acionadas. Como era de
se esperar, essas previsões fracassaram. O Brasil não deixou de
produzir um único quilowatt que precisava e, agora, com a volta das
chuvas, as térmicas voltarão a ser menos exigidas”, declarou Dilma, em
referência ao fato de que a energia produzida pelas térmicas é mais cara
que a das hidrelétricas.
Segundo
a presidente, “cometeram o mesmo erro de previsão os que diziam,
primeiro, que o governo não conseguiria baixar a conta de luz. Depois,
passaram a dizer que a redução iria tardar. Por último, que ela seria
menor que o índice que havíamos anunciado”, afirmou.
Dilma
esclareceu que mesmo a população dos estados cujas concessionárias de
energia se recusaram a aderir ao plano terão suas contas de energia
reduzidas. “Espero que em breve, até mesmo aqueles que foram contrários à
redução da tarifa, venham a concordar com o que eu estou dizendo”,
declarou.
Racionamento
A
presidente Dilma Rousseff afastou a possibilidade de o país enfrentar
racionamento de energia. Segundo ela, o Brasil “vive uma situação segura
na área de energia” e o sistema do país “é um dos mais seguros do
mundo”.
“O
Brasil vai ter energia cada vez melhor e mais barata. Isso significa
que o Brasil tem e terá energia mais que suficiente para o presente e
futuro, sem nenhum risco de racionamento ou de qualquer tipo de
estrangulamento no curto, no médio ou no longo prazo”, afirmou durante o
pronunciamento.
Fonte: G1
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