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sexta-feira, 5 de abril de 2013

Quatro casais de mulheres se casam em cerimônia na capela do TJ


Quatro casais de mulheres se casaram na manhã desta sexta-feira (5) na capela do Tribunal de Justiça. Esta é a primeira vez que é realizada uma cerimônia para marcar o casamento de pessoas do mesmo sexo no Piauí. O evento é presidido pela juíza Zilneia Barbosa.
Juíza Zilneia Barbosa
O corregedor Geral de Justiça, desembargador Antonio Paes Landim, está presente e ressaltou a importância do ato. “Esta é uma iniciativa que garante a igualdade entre todos os cidadãos. É um marco institucional e a constituição embasa este direito”. O deputado Fábio Novo (PT), defensor da causa, ressaltou o pioneirismo do Piauí ao regulamentar a transferência da união estável para casamento civil. 
“Essas pessoas são as que foram discriminadas por sua opção sexual. Elas tinham relacionamento estável. Construíam toda uma vida e quando seus companheiros morriam, perdiam todos os direitos. Ainda temos um longo percurso pela frente. Há uma onda de conservadorismo crescente como o exemplo do deputado Feliciano que faz questão de mostrar o quanto é preconceituoso. Felizmente, a sociedade está reagindo”, declarou.
Em frente à capela foi montada uma mesa para celebrar o casamento na qual há quatro bolos nas cores do arco-íris, símbolo do movimento LGBT. Os casais receberam buquês de flores. 
A fisioterapeuta Lourdes Oliveira e a pedagoga Rosângela Alencar, que já convivem há cinco anos, comemoram a união. “Foi um acordo entre nós duas. Já tínhamos uma história juntas e morávamos juntas. Já éramos casadas. O registro desta união, para nós, é uma emoção a mais”, disse Lourdes.
O casal formado pela auxiliar de administração Jeniffer Torres, 34 anos, e a secretária Natália Sousa, de 23, chegou bastante empolgado ao Tribunal. “Sentimos agora a mesma emoção de qualquer casal hétero. Optamos pelo registro pela convicção da nossa união. Estamos há dois anos juntas e já temos o suficiente para que essa relação seja oficial”, declarou Jeniffer que considera a cerimônia um marco contra o preconceito. 
Fonte: Cidade Verde

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