A
menina que nasceu com 500 gramas passou o primeiro dia em casa nesta
quarta-feira (8), após passar cinco meses e 18 dias no Hospital Santo
Antônio, em Blumenau,
onde nasceu. Manuela Sella nasceu no fim de dezembro, com apenas 500
gramas e 26 centímetros. Segundo levantamentos do hospital, a menina é a
menor nascida em Santa Catarina e a terceira criança mais prematura do
Brasil. Agora com 2,5 kg, os pais comemoram a presença da filha em casa.
Conforme o pai, Sidnei Sella, às 4h desta quarta (8), quando ele
levantou para ir ao trabalho, Manuela já estava acordada, pronta para
iniciar o primeiro dia em casa. "Ela nem estranhou, parecia que já sabia
que estava em casa. Peguei ela no colo, no bercinho, e coloquei na
nossa cama. É só alegria a presença dela em nossa casa. É nosso
chaveirinho!", contou o pai, emocionado.
Manuela também já recebeu as primeiras visitas, da fisioterapeuta, da
enfermeira e de parentes próximos, como os padrinhos. A esposa, Ivete,
está de férias, após passar o período de licença maternidade no
hospital, com Manuela. O casal passou Natal, Ano Novo e aniversário dos
dois na maternidade. Agora, neste domingo (12), será a primeira data
especial que passarão em casa, no Dia das Mães. "Justo esse dia! Eu
disse para minha esposa, não tem presente maior para ela, e ela merece",
afirmou Sidnei.
Sidnei e Ivete são pais de outros dois meninos, de 12 e 14 anos, que
comemoraram a notícia do nascimento da irmã. A família toda desejava
muito uma menina, mas não imaginava Ivete tivesse problemas de
hipertensão e a criança fosse nascer com apenas 25 semanas de gestação.
"Agora ela respira, se mexe, todos correm: olha a Manu", brinca o pai,
lembrando da atenção da família à pequena.
A bebê ainda precisa se alimentar por sonda e exige cuidados, por causa
do sistema imunológico frágil. Porém, de acordo com o médico Ronaldo
Della Giustina, a menina recebeu alta saudável. Segundo ele, de cada 100
crianças, 10 nascem prematuras e com chances de ter algum tipo de
sequela, mas nada ocorreu com Manuela. "Sempre nos preocupamos em
relação à hemorragia cerebral, que ocorre com bastante frequência em
bebês prematuros e a questão da retinopatia", explica o médico.
A equipe médica, que atendeu a menina por mais de cinco meses, diz que
se sente satisfeita por ter atingido o sucesso no trabalho. "Vamos
lembrar dos momentos de sorriso, de sugar o dedinho, se movimentar,
segurar a mão do pai, e olhar para a gente, reconhecendo a voz", conta a
enfermeira Teresinha Maciel de Campos.
Fonte:G1
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