A Velha Maria Fumaça na Rua Grande (Av. Pres. Vargas) em frente ao
Casarão de
Simplício Dias, em Parnaíba, anos 30. Foto (abaixo) pertence ao arquivo
pessoal de Carlos José Candeira, publicada por Helder Fontenele no
Facebook "Parnaíba das Antigas".
Maria Fumaça na Rua Grande, atual Avenida Getúlio Vargas, em Parnaíba |
A Maria Fumaça, atualmente reformada
e em exposição na Esplanada da Estação, em Parnaíba (PI) pertencia a
Estrada de Ferro Central
do Piauí, empresa ferroviária piauiense que ligava Teresina a Luís
Correia (antiga Amarração), no litoral do estado. Foi
criada no início do século XX, inicialmente ligando a Vila de
Amarração (atual
Luís Correia) a Piracuruca. Entre os anos 50 e 60 foi
interligada ao trecho de Piripiri a Altos.
Assim efetivava-se sua completa interligação da
capital Teresina ao pretenso porto marítimo de Amarração (Luís Correa), obra
que se arrastava desde o império. A estrada de Ferro Central do Piauí foi
prejudicada pela inconclusão do Porto; foi considerada de tráfego baixo e foi
desativada em meados da década de 1990. Tinha rota nas cidades de
Teresina, Altos, Campo Maior, Cocal de Telha, Capitão de Campos,
Piripiri, Piracuruca, Brasileira, Cocal, Buriti dos Lopes, Parnaiba e Luís
Correia. Conhecida também pela sigla EFCP, e integrava o sistema da RFFSA, Rede
Ferroviária Federal S A. É quase paralela à BR 343.
No início do século XX a Maria Fumaça ia até o
Porto das Bancas onde existia um atracadouro de navios a vapor que levavam
matérias-primas para a Inglaterra e traziam as mercadorias da Europa. Agora é
um conjunto arquitetônico parcialmente preservado. Após uma reforma e obras de
revitalização passou a ser um centro cultural vivo, que atrai parte da
população parnaibana e turistas.
Entretanto, como nem todos os prédios tombados pelo
IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) foram
reformados, uma grande parte do Complexo Arquitetônico do Porto das Barcas está
desmoronando. Porto das Barcas está intimamente ligado ao começo de
Parnaíba e tem uma grande contribuição para dar à vida econômica e cultural da
cidade.
Ele disse que o Porto das Barcas pode ser dividido
em dois momentos: um da pujança econômica, que vai até meados do século XX; e o
do século XX, principalmente das duas últimas décadas, quando o significado do
Porto das Barcas passou a ser cultural e boêmio.
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