Na madrugada do dia 16 de agosto, por volta das 1h40min, a travesti
"Michelle Santos”, Joales dos Santos, 22 anos, natural da localidade
Brejinho, zona rural de Luís Correia, que residia a Rua Delbão
Rodrigues, nª 304, bairro São Francisco da Guarita, em Parnaíba, foi
assassinado com um tiro a queima roupa atingindo o peito esquerdo. A
polícia ainda não tem o nome do assassino, e ao que tudo indica, nem
mesmo um suspeito.
Travestir Michelle Santos |
O fato ocorreu em frente ao motel Deslize, nas proximidades do Aero Bar,
por trás do depósito da Tropigás, na rua Merval Neres, bairro
Rodoviária. Uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência -
SAMU chegou ao local do crime, e encontrou “Michely” já sem vida.
Segundo informações apuradas pela polícia, “Michelle” fez um programa no
valor de R$ 50,00. Após o serviço, o cliente repassou somente R$ 10,00.
Ao insistir pelo restante do dinheiro, o homem se recusou a pagar e
tentou ir embora e ela tirou a chave do contato. Com a exaltação das
discussões, “Michelle” pegou uma pedra e quebrou o vidro da porta de
trás de uma Hilux de cor preta.
Furioso o homem foi embora, depois retornou em outro carro e fez voltas
pelo quarteirão. E ao encontrar “Michelle”, a chamou e quando ela se
aproximou da porta do veículo o desconhecido disparou um balaço no peito
esquerdo e fugiu. O travesti gritava que estava doendo o peito e morreu
por volta das 02h na Rua Piauí, próximo a um motel e a esquina onde a
travestir Michelle Santos fazia ponto. Isto é tudo que se sabe deste
bárbaro crime. Com o passar do tempo o crime vai ficando no esquecimento
e muito provavelmente será um daqueles que irá entrar para a
estatística dos crimes insolúveis.
Meu falecido sogro, Expedito Gonçalves, costumava dizer para estes
casos, "Não existe crime perfeito, existe crime mal investigado".
O que a sociedade indaga e principalmente os grupos GLBT de Parnaíba, é
porque este crime ainda não foi solucionado? o porquê da polícia estar
calada? Muitos se perguntam o porquê de até mesmo a imprensa não ter
dado a mesma repercussão que deram ao caso Talia do Anjos? Será porque
“Michely” era gay?
Por Deborah Albuquerque/Jornal da Parnaíba
Imagem: Chamada Geral
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