Portugal
foi um dos primeiros países do mundo a adotar uma polêmica mudança na
lei sobre as drogas. Desde 2001, ninguém pode ser preso por usar drogas.
Em 2007, começaram a surgir as smartshops e, em março de 2013, o
governo proibiu a venda de substâncias químicas nesses estabelecimentos.
Até o início do ano, era possível comprar drogas alucinógenas em mais
de 40 lojas do país. Depois da morte de alguns clientes, os produtos
foram proibidos. Hoje,
qualquer um pode usar drogas, mas ninguém pode vender. Com uma pequena
câmera dentro de uma bolsa, o repórter Thiago Jock circulou pelas ruas
do centro de Lisboa e mostra como, em poucos metros, é possível comprar
diferentes tipos de drogas.
A
polêmica mais recente das leis sobre as drogas está no Uruguai. O
governo já aprovou a legalização da maconha na Câmara dos Deputados e
nas próximas semanas deve aprovar o assunto no Senado também. Os
governistas argumentam que legalizar a maconha será um golpe no
narcotráfico. Para a oposição, além de não atingir o problema maior, que
é a pasta de coca, o projeto vai estimular o consumo da maconha.
Pesquisas
mostram que a maioria da população (63%) uruguaia é contra a liberação.
O projeto aprovado na Câmara dos Deputados prevê que a maconha será
vendida nas farmácias e o governo vai controlar toda a produção,
distribuição e venda. O deputado, Sebastián Sabini, autor do projeto que
defende a legalização, afirma que, quando um consumidor de maconha não
precisar mais procurar traficantes, terá menos chances de conhecer
outras drogas.
O
repórter francês convidado do programa, Pierre Morel, esteve no Uruguai
e mostra uma mãe de família que usa a maconha para aliviar as dores nas
costas e poder dormir. Enquanto a lei ainda está sendo discutida, mãe e
filho buscam aulas para aprender a plantar a maconha em casa e pequenas
lojas vendem produtos para o cultivo da planta em pequenas quantidades.
Se aprovado no Senado, cada pessoa vai poder plantar até seis pés de
maconha em casa.
Nos
Estados Unidos, a repórter Paula Akemi e o repórter cinematográfico
Daniel Paranayba estiveram no Colorado, um dos estados americanos onde a
maconha estará totalmente legalizada a partir do ano que vem.
Washington é o outro estado onde a droga será liberada, com o limite de
no máximo 10 miligramas de THC, um dos principais elementos da maconha,
para cada dose de consumo.
A
droga já pode ser usada no Colorado como medicamento e é reconhecida
como um possível tratamento para doenças como câncer, epilepsia e
claucoma. Hoje, todo paciente precisa de um atestado médico para
conseguir uma carteirinha que permite a compra da maconha.
Vinte
estados americanos já liberaram a maconha para fins medicinais. Com a
liberação total da droga, estima-se que a indústria local terá que
atender até três milhões de novos consumidores. Milhares de pesquisas
com a maconha já foram feitas nos Estados Unidos e a criatividade da
indústria americana gerou novas formas de consumir as drogas. Algumas
bem curiosas, como batom, hidratante e até um palito de dente com
maconha já foi testado.
A
regulamentação da maconha também impõe restrições aos comerciantes.
Quem quiser participar deste novo mercado tem que ter a ficha criminal
totalmente limpa.
Fonte: G1CE
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