terça-feira, 15 de outubro de 2013

Mesmo livre da aftosa, Piauí não pode exportar gado para todo o país

Estado precisa atingir alguns critérios para obter reconhecimento da OIE.
Criador diz que situação gera prejuízos para pecuaristas piauienses.


Os criadores de gado no Piauí ainda não podem vender seu rebanho para os principais centros consumidores do país. O estado alcançou o status de área livre da aftosa, mas ainda precisa atingir alguns critérios para conseguir o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). A expectativa é que o estado tenha essa condição apenas em 2014.
Segundo o criador André Nogueira, até o recebimento do reconhecimento internacional os pecuaristas do estado vão continuar tendo prejuízos. “Nossos animais não podem adentrar em estados que são livres por vacinação e que possuem reconhecimento internacional. Precisamos disso para que possamos vender nossos animais. A necessidade é realizar um intercâmbio.  Compramos desses estados, mas não podemos vender e isso nos acarreta um prejuízo financeiro muito grande“, declarou.
No Brasil, as regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e parte do Pará e os estados da Bahia e Sergipe já possuem o reconhecimento da OIE. Para o diretor da Agência de Defesa Agropecuária do Piauí (Adapi), José Antônio Filho, a exigência do Ministério da Saúde foi uma surpresa.
“O ministro da agricultora trouxe o certificado de área livre da aftosa com vacinação. Nós fomos pegos de surpresa como essa condição de que para levar o gado para os estados com certificação internacional tem que fazer uma sorologia e fazer uma quarentena”, disse.
Ainda de acordo com o diretor, o estado só deve obter o reconhecimento provavelmente daqui a sete meses. “Em fevereiro, uma missão da Organização Mundial de Saúde Animal para fazer uma auditoria nos estados do Nordeste, onde o Piauí está incluído. E só em maio, o certificadoserá liberado para área livre com reconhecimento internacional”, explicou.Do G1 PI

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