sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Piauienses são resgatados de obra em "trabalho escravo"

Obra de indústria de bebidas era feita em Uberlândia. Cerca de 25 operários foram levados do local.

Uma operação em Uberlândia (MG) resgatou cerca de 25 trabalhadores em condições análogas a de escravidão. De acordo com o Ministério Público do Trabalho, boa parte dos operários é do Piauí, do município de Manoel Emídio. 

Foto: MPT/MG
Arma apreendida na operação com encarregado que guardava o local

A operação foi feita em conjunto com o Ministério do Trabalho e Emprego e a Polícia Militar de Minas Gerais, no dia 18. Os operários estavam em um alojamento guardado por um encarregado, que estava com uma arma sem registro no momento da ação e foi preso por porte ilegal. 

De acordo com o MPT, os trabalhadores era mantidos sob vigilância armada em um alojamento de condições precárias, como falta de colchões para todos os empregados - alguns dormiam na garagem da casa. 

Os operários, segundo Ministério Público, denunciaram que a comida era azeda e havia muitos insetos no local. 

“O MPT acompanhou toda a ação e está apurando os fatos. Diante da gravidade dos fatos apurados, serão de pronto, adotadas as medidas judiciais cabíveis para regularizar essa situação e reparar os danos verificados”, disse o procurador do Trabalho Paulo Gonçalves Veloso.

A obra era de uma unidade da Ambev em Uberlândia (MG). De acordo com o site do jornal O Tempo, a empresa disse que "o fato mencionado ocorreu fora de suas dependências e envolve empresa subcontratada por um de seus prestadores de serviços". Além disso, a Ambev pediu rompimento do contrato com a Plano Pisos Industriais, que terceirizou a obra através da empresa Marco Construções. 

Ao site do mesmo jornal, a Marco respondeu que “assim que tomou conhecimento do episódio, em 18/10/13,  passou a apurar e a implementar todas as medidas necessárias para melhor atender aos interesses dos trabalhadores. Da mesma maneira, tomou as providências necessárias para atender às solicitações dos órgãos competentes. A Marco esclarece, contudo, que as pessoas se encontravam em alojamento fora da canteiro de obras, não tendo a empresa ou seus representantes qualquer participação no incidente. A empresa Marco Projetos e Construções não compactua com atitudes contrárias aos direitos fundamentais dos trabalhadores, repudiando qualquer ilegalidade quanto às relações de trabalho.”

Com informaçõs do MPT/MG e O Tempo

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