Os municípios de Barras e Porto, localizados no Norte do Estado, estão em alerta devido aos altos índices de casos de dengue. No último domingo (29/06), mais uma vítima da doença veio a óbito. A adolescente Maria Liliane passou mal no dia anterior (28) durante os festejos da cidade de Porto do Piauí, a 133 km da capital. No laudo médico, constatou-se que a jovem teve falência múltipla dos órgãos em função de dengue hemorrágica.
Na última sexta-feira (25/06), outra pessoa também teria falecido apresentando os mesmos sintomas que Maria Lidiane, porém não foram realizados exames para diagnosticar a doença.
De acordo com o ex-prefeito de Porto, Domingos Bacelar, a população está apavorada com a rapidez com que a doença levou a adolescente à morte. Ele afirma que não haviam médicos de plantão na cidade quando Maria Liliane começou a passar mal e, por isso, ela foi obrigada se deslocar até a cidade de Barras para ser atendida. Para o ex-gestor falta maior comprometimento da gestão municipal para conter o mosquito Aedes aegypti, que possui hábitos diurnos e noturnos e se reproduz em água parada.
“A Prefeitura não está tendo essa preocupação de fiscalizar se existem criadouros do mosquito na cidade. A cidade necessita urgentemente de cuidados e os habitantes necessitam de informações sobre como se prevenir contra a dengue”, afirmou.
Segundo o último boletim divulgado pela Coordenação Estadual de Epidemiologia da Secretaria Estadual de Saúde do Piauí (SESAPI), Barras está em 3º lugar dentre as cidades que possuem maior número de registros da doença, com 134 casos. O deputado estadual Fernando Monteiro (PTB) solicitou ao Governo do Estado e à SESAPI que sejam tomadas medidas urgentes para conter o surto no Estado.
“É necessário que haja ação imediata do Poder Público, pois a dengue já tirou muitas vidas no Piauí”, alegou. A preocupação do parlamentar deve-se ao fato de 19 cidades estarem com incidência da doença acima do esperado, de acordo com os dados da Sesapi.
Na maior parte dos casos, o vírus é contraído no próprio município ou em regiões próximas. Em todo o Estado houve um aumento de 4,3% em relação ao mesmo período no ano passado, o que corresponde a quase 4.000 novos casos. Para impedir a contaminação por parte do mosquito é preciso evitar o acúmulo de água em embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, tambores, latões, sacos plásticos, lixeiras, entre outros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário