Os pesquisadores João Marcos de Góes (UFPI), Lissandra F. C. Góes (UESPI) e Fabíola H. S. Fogaça (Embrapa) da equipe do projeto “Sociobiodiversidade da Ilha”,
executado pela CIA e financiado pelo TFCA, juntamente com a coordenadora da APA Delta do Parnaíba, Silmara Erthal (ICMBio), estiveram no Porto dos Tatus, nessa quarta-feira, para acompanhar o desembarque e o transporte do caranguejo uçá. A data foi considerada o marco zero para a legalização do transporte de caranguejo na APA e nas rodovias interestaduais. Isso porque a Instrução Normativa que regulariza o transporte desse crustáceo passou a vigorar efetivamente no dia 02/07/2014.
A Instrução Normativa 09/2013 do Ministério da Pesca e Aquicultura, publicada em 02/07/2013, foi baseada na tecnologia do transporte desenvolvida pela Embrapa que preconiza a estocagem do caranguejo solto em caixas ou sacos nos barcos e seu transporte soltos em caixas com espuma umedecida nos veículos. Antes da aplicação desse método, o manuseio e transporte do caranguejo de forma inadequada acarretavam a mortalidade de até 50% das cargas vivas.
A receptividade do método por parte dos transportadores de caranguejo foi muito boa. Foi constatado que praticamente 99% deles já utilizam e aprovam a tecnologia. Na quarta-feira o papel do ICMBio, órgão que fiscalizará o transporte, foi de levar orientações. Para a equipe técnica do projeto que monitora o desembarque de caranguejos, o transporte em caixas facilita a observação do tamanho mínimo de captura e a contagem de animais para estatística pesqueira.
Um ganho para a comunidade, que cata o caranguejo com maior responsabilidade ambiental, para o meio ambiente, que sofre menor esforço pesqueiro e para a sociedade, que consumirá um caranguejo mais sustentável. “Estamos felizes com a receptividade para a aplicação desse método, isso contribuirá bastante em nosso trabalho; e claro, aumentará a qualidade do produto em todas as etapas até à venda”, relata os pesquisadores
Ascom
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