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quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Como “Empresário” Zé Filho vive do salário pago pelo Estado


Em 2010, Zé Filho estava quase desistindo da política e, quatro anos depois, num golpe de sorte, tornou-se governador do Piauí e candidato à reeleição, sem nunca ter sonhado com esta possibilidade. Como diz Luís Marins, renomado consultor de empresas:  “O perigoso não é pensar grande e não conseguir, o perigo é pensar pequeno e conseguir”.



Até abril deste ano Zé Filho era o presidente da Federação das Indústrias do Estado. O cargo é a representação máxima de uma classe de industriais que enfrenta o desafio de empreender no Piauí.

Sabatinado por jornalistas da Antena 10, Zé Filho disse que foi isolado durante o governo Wilson Martins e que preferiu se dedicar à FIEPI - mas não abriu mão do salário de vice-governador. E nem poderia. Sem o salário pago pelos cofres do Estado, o “empresário” Zé Filho não conseguiria manter seu conhecido alto-padrão de vida, é o que aponta seu Imposto de Renda.

Empresário que vive de salário público

A reportagem do Capital Teresina teve acesso à declaração de Imposto de Renda do atual  governador e candidato à reeleição pelo PMDB. No espaço ‘ocupação principal’, Zé Filho preencheu: ‘membro ou servidor público - membro do Poder Executivo. Apesar de ser presidente da FIEPI, não citou sua ocupação como empresário.


Os dados são do ano-calendário 2013, informados em 2014 à Receita Federal e desmentem a imagem de empresário bem sucedido alimentada durante a campanha ao Karnak pelos marqueiros de Duda Mendonça.  Na verdade, os documentos comprovam que se não fosse a política, Zé Filho teria que viver com cerca de cinco salários mínimos.

As duas industrias nas quais o governador figura como sócio renderam à Zé Filho um salário de R$ 3.500,00 mensais - quatro vezes e meio menos do que recebeu dos cofres estaduais como vice-governador.

Na verdade, se Zé Filho cresceu seu patrimônio pessoal e pagou suas contas, não foi com o dinheiro da iniciativa privada, e sim, com o salário pago pelos contribuintes.

Ao todo, no ano de 2013, conforme declarado à Receita Federal, o “empresário” recebeu dos cofres públicos estaduais, como salário de vice-governador, a importância de R$ 189.832,50 - uma média de R$ 15.819,37 por mês.

Como “empresário”, Zé Filho sobrevive da política. Difícil para Duda Mendonça explicar essa matemática.


Fonte: Capital Teresina

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