Em 2010, Zé Filho estava quase desistindo da política e, quatro anos depois, num golpe de sorte, tornou-se governador do Piauí e candidato à reeleição, sem nunca ter sonhado com esta possibilidade. Como diz Luís Marins, renomado consultor de empresas: “O perigoso não é pensar grande e não conseguir, o perigo é pensar pequeno e conseguir”.
Fonte: Capital Teresina
Até abril deste ano Zé Filho era o presidente da Federação das Indústrias do Estado. O cargo é a representação máxima de uma classe de industriais que enfrenta o desafio de empreender no Piauí.
Sabatinado por jornalistas da Antena 10, Zé Filho disse que foi isolado durante o governo Wilson Martins e que preferiu se dedicar à FIEPI - mas não abriu mão do salário de vice-governador. E nem poderia. Sem o salário pago pelos cofres do Estado, o “empresário” Zé Filho não conseguiria manter seu conhecido alto-padrão de vida, é o que aponta seu Imposto de Renda.
Empresário que vive de salário público
A reportagem do Capital Teresina teve acesso à declaração de Imposto de Renda do atual governador e candidato à reeleição pelo PMDB. No espaço ‘ocupação principal’, Zé Filho preencheu: ‘membro ou servidor público - membro do Poder Executivo. Apesar de ser presidente da FIEPI, não citou sua ocupação como empresário.
Os dados são do ano-calendário 2013, informados em 2014 à Receita Federal e desmentem a imagem de empresário bem sucedido alimentada durante a campanha ao Karnak pelos marqueiros de Duda Mendonça. Na verdade, os documentos comprovam que se não fosse a política, Zé Filho teria que viver com cerca de cinco salários mínimos.
As duas industrias nas quais o governador figura como sócio renderam à Zé Filho um salário de R$ 3.500,00 mensais - quatro vezes e meio menos do que recebeu dos cofres estaduais como vice-governador.
Na verdade, se Zé Filho cresceu seu patrimônio pessoal e pagou suas contas, não foi com o dinheiro da iniciativa privada, e sim, com o salário pago pelos contribuintes.
Ao todo, no ano de 2013, conforme declarado à Receita Federal, o “empresário” recebeu dos cofres públicos estaduais, como salário de vice-governador, a importância de R$ 189.832,50 - uma média de R$ 15.819,37 por mês.
Como “empresário”, Zé Filho sobrevive da política. Difícil para Duda Mendonça explicar essa matemática.
Fonte: Capital Teresina
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