A Delegacia de Combate à Corrupção divulgou nesta quinta-feira (28) o resultado das investigações realizadas nos municípios de Amarante e Esperantina. Nos dois casos há envolvimento de gestores públicos, relacionados a corrupção relativos à cobrança de propina e fraudes em licitações.
Em Amarante, o ex-secretário de Finanças Gutemberg Isaac Soares Teixeira foi flagrado exigindo R$ 15 mil ao dono de uma empresa de limpeza pública, identificado como Edilson Nogueira Parente. O dinheiro seria para liberar as notas fiscais do serviço. O proprietário da empresa teria que receber duas notas fiscais no valor de R$ 49 mil.
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Com o auxílio da polícia, a vítima usou uma câmera escondida e gravou um bilhete, no qual o ex-secretário escreveu: "Leia e não repita. O acordo é os R$ 15 mil e pronto. A minha parte eu cumpro, agora cumpra a sua. Nas mãos do meu pai e eu confirmo o outro pagamento".
De acordo com o delegado Danúbio Dias da Silva, esse crime, chamado de concussão, pode ter a participação de outras pessoas, mas que não foram investigados porque a justiça não liberou os mandados de busca e apreensão solicitados.
Outro caso
Em Esperantina, a polícia concluiu o inquérito sobre o caso de corrupção que envolve o prefeito Lourival Bezerra de Freitas. Ele teria exigido R$ 10 mil de um empresário, referente ao pagamento por uma licitação para o fornecimento de alimentos.
Em Esperantina, a polícia concluiu o inquérito sobre o caso de corrupção que envolve o prefeito Lourival Bezerra de Freitas. Ele teria exigido R$ 10 mil de um empresário, referente ao pagamento por uma licitação para o fornecimento de alimentos.
O delegado Danúbio Dias explica que o vídeo que mostra o prefeito recebendo dinheiro do empresário, o gestor ainda diz para a vítima procurar o secretário de Finanças e de Saúde, que, segundo a polícia, teriam também participação no esquema.
"Os fornecedores estavam com os pagamentos atrasados desde maio de 2013 e o prefeito exigiu 15% em cima dos valores pagos pela prefeitura para poder liberar o dinheiro. Pelo que investigamos, esta era uma prática corriqueira", acrescentou o delegado.
Além do prefeito, a polícia solicitou o indiciamento do secretário de Saúde, Francisco das Chagas Magalhães Lima e do secretário de Finanças, Cristóvão do Nascimento.
Em ambos os casos, a polícia não solicitou a prisão. Segundo o delegado, há uma lei que impede isso. Os casos foram para o Ministério Público, que deverá pedir a prisão dos envolvidos. Eles poderão cumprir pena de 8 a 12 anos de reclusão.
Flash de Carlos Lustosa Filho
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