Para o sindicato, negociação com o governo não apresentou avanço.
Secretário da saúde explica que proposta verificou as limitações financeiras.
Os trabalhadores em enfermagem do Piauí decidiram durante assembleia nesta segunda-feira (27) rejeitar a proposta do governo e continuar a greve por tempo indeterminado. Segundo o sindicato, o movimento teve adesão dos profissionais de Teresina, Bom Jesus, Floriano, Campo Maior e Parnaíba.
Para o presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Piauí (Senatepi), João Sérgio, não houve avanço na negociação de sexta-feira (24) e por este motivo a greve foi mantida.
"Ao invés de aumentar o valor do plantão extra, o governo diminuiu e propôs enquadramento no plano de carreira dividido em duas parcelas. A proposta ainda garantia a implantação imediata da insalubridade e adicional noturno, benefícios que já temos por direito. Como negociar algo garantido a nós por lei", declarou Sérgio.
De acordo com o Senatepi, 70% dos atendimentos de 11 hospitais públicos do Piauí estão paralisados. Os servidores reivindicam reajuste do plantão extra dos técnicos de R$ 55 para R$ 117 e dos enfermeiros de R$ 160 para R$ 260; pagamentos do adicional noturno, insalubridade e da Gratificação de Incentivo a Melhoria da Assistência à Saúde (GIMAS).
Durante a greve os serviços ambulatoriais e cirurgias eletivas não serão realizados. Devem ser mantidos apenas os atendimentos nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), urgência e emergência.
Proposta
Para o secretário da saúde, Francisco Costa, as propostas feitas aos profissionais levam em consideração as limitações financeiras. "São propostas possíveis, dentro das limitações financeiras que o estado se encontra. Sabemos da importância e relevância da categoria e da legitimidade das reivindicações, mas o que é apresentado aqui, pela Saúde, Administração e Fazenda é o que é possível", afirmou.
Para o secretário da saúde, Francisco Costa, as propostas feitas aos profissionais levam em consideração as limitações financeiras. "São propostas possíveis, dentro das limitações financeiras que o estado se encontra. Sabemos da importância e relevância da categoria e da legitimidade das reivindicações, mas o que é apresentado aqui, pela Saúde, Administração e Fazenda é o que é possível", afirmou.
Dentre as propostas apresentadas, implantação da insalubridade, sendo 50% de impacto em dezembro e 50% em março de 2016; regulamentação da GIMAS em agosto de 2015; implantação imediata do adicional noturno, conforme regulamentação por decreto; enquadramento de servidor, com implantação de 50% em dezembro e 50% em março de 2016.
Quanto ao reajuste do plantão extra, terá a implantação com efeitos a partir de março de 2016 sendo enfermeiro para R$ 220, técnico para R$ 100 e auxiliar R$ 80. Quanto à implantação do Plano de Cargos e Carreiras e Salário, a discussão ficou para janeiro de 2016.
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