No dia 24 de julho de 2019 às 12:30, MAIS UM BEBÊ MORREU por negligência médica no Hospital Dirceu Arcorverde de Parnaíba -PI. Parece que todos já se acostumaram com esse tipo de ocorrência, mas eu me recuso a fazer parte desse costume. Sabe qual o problema dos hospitais públicos no Brasil?
A resposta da maioria é quase unânime: Falta de recursos, porém na realidade, o verdadeiro problema é a falta de amor pela vida.
A falta de amor de alguns daqueles profissionais pelas vidas que estão ali dentro, não se imporantando se eles tem família ou não, se eles são "gente" ou não. Ana Cecília, esse foi o nome atribuído ao bebê de 05 meses que não teve a chance de viver. A mãe dela, Maria Verônica? Agora encontra-se em um leito da UTI, entre a vida e a morte, por total descaso médico. Afinal de contas, no dia 23 de julho (na noite anterior ao óbito da criança) a mesma deu entrada no hospital Dirceu com perda de líquido, o médico de plantão disse que o coração do bebê estava batendo normalmente e que a perda de líquido era normal, pois acontecia de vez em quando. PERDA DE LÍQUIDO AOS 05 MESES DE GESTAÇÃO É NORMAL? NÃO, NÃO É. E eu não preciso ser nenhuma profissional da saúde para saber de tal coisa. A paciente teve que retornar ao hospital no dia posterior e quando deu entrada, o coração do bebê já estava parando e, minutos depois parou, visto que não havia mais liquido amniótico para ela se manter, e a mãe dela começou a sentir contrações. Sendo assim, a paciente Verônica foi enviada para a sala de pré-parto (SEM NINGUÉM), e sua cunhada foi quem fez o seu parto, enquanto isso todas as enfermeiras se encontravam no fundo do corredor da obstetrícia batendo papo, reclamando pela quantidade de pessoas que estavam com a paciente. A equipe foi informada de que o primeiro filho da paciente havia nascido de uma Cesariana, mas insistiram que o parto deveria transcorrer de modo natural, ou seja, parto normal, como chamam. Resultado: A paciente após o parto passou mal, informou o que estava ocorrendo, disse que tava sentindo angústia e dor no peito, foi a equipe de profissionais do hospital quem percebeu que havia algo errado? Não, foi as acompanhantes da paciente que se preocupavam a todo um instante, porém as enfermeiras acreditavam que a paciente estava sendo "mufina", quando uma das acompanhantes se chateou e pediu para que uma das enfermeiras pudessem aferir a pressão de Verônica, foi que ela se preocupou em ir até lá, já que na sala de pré parto não ficava nenhuma enfermeira. Novamente, o resultado: Ela não encontrou a pressão da paciente, aperriou-se chamou a enfermeira chefe, que também não encontrou, e quando encontrou, estava baixíssima (4 por 8), foi ai que chamaram o médico, que verificou que a pressão dela estava muito baixa e pediu que aplicassem um remédio imediatamente, ele esperou exatos 5 minutos (a pressão dela subiu para 5 por 6), ele disse que ela estava lúcida e que então poderia seguir para coletagem. Pergunto: alguém ai já passou por uma coletagem? Porque esse procedimento é realizado a sangue frio, e submeteram a paciente a uma coletagem às 14:20, com a pressão 5 por 6. Quando o relógio apontou 15:30 o médico disse que houve complicações e que precisaria RETIRAR O ÚTERO da paciente devido a uma hemorragia, depois da cirurgia, Verônica foi direto para UTI, onde se encontra desde quarta-feira, e de onde hoje pela tarde, o médico da unidade intensiva afirmou que dificilmente ela sairia com vida. Existe muitas pessoas torcendo por um milagre de Deus, mas novamente questiono? Cadê o amor dessa equipe pelos pacientes que entram naquele hospital. Uma família pode ficar sem uma filha, irmã, tia, uma criança de apenas 05 anos pode ficar sem a mãe. Então, onde está o amor, a paixão, a dedicação e acima de tudo isso, o profissionalismo daquelas pessoas? Dinheiro não é tudo no mundo, então peço encarecidamente, não trabalhem por dinheiro apenas, ou vocês continuaram desempenhando esse trabalho pecaminoso e assassino.
Edição: Ana Cláudia dos Santos da Costa.
Fonte: Ana Cláudia dos Santos da Costa.
Atualizado: 27 de julho de 2019.
Às 17h41min.
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