O governador afirmou ainda que “certamente” uma parceria público-
privado
irá acontecer.
O governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT), afirmou que o projeto de concessão
dos serviços da empresa de água e esgoto do Piauí, Agespisa, deve ser apresentado
até setembro deste ano.
Rafael já havia apontado que os problemas financeiros são graves e ainda estuda
o que fazer com a empresa. A Agespisa mantém atualmente uma dívida de R$ 256
milhões.
Ele frisou que o modelo ideal está sendo estudado, mas que “certamente” uma
parceria público-privado irá acontecer.
“Temos que cumprir o marco do saneamento, que prevê a universalização
da água e 90% dos domicílios com esgotamento sanitário”, ressaltou.
O modelo da parceria público-privado, segundo Rafael Fonteles, ainda não foi definido.
Ele reiterou que um acordo com os municípios deve ser feito.
“Esse acordo vai acontecer porque envolve a concessão municipal com um
serviço que hoje é estadual. Não é algo simples de ser feito”, relatou
Fonteles destacou ainda que “o Piauí está com a média baixíssima de esgotamento
sanitário” e isso o leva ainda mais a cumprir a lei do marco do saneamento.
“Teresina evoluiu de 18% para 60%, em cinco anos. De toda forma, iremos
cumprir a lei e lançar mão de uma parceria público-privada”, afirmou.
O prefeito do município de Santa Filomena, Carlos Barga (PP), que fica a 926km de
Teresina, afirmou que na cidade há apenas um poço jorrante no centro da cidade
construído pela Agespisa há 30 anos, mas discorda da concessão.
“Se dependesse da Agespisa, esse seria o único fornecimento de água que
teríamos. De toda forma, não temos empresa que consiga arcar com essa
demanda de concessão. Aqui, a prefeitura teve que abrir novos poços. O que
a empresa fornece equivale a 20% do abastecimento local. Os outros 80% dos
bairros, tivemos que resolver aqui com repasse próprio. Isso atrapalha outros
setores”, disse.
No município de Santa Rosa do Piauí a 270km de Teresina, o prefeito Veríssimo
Siqueira (PT), afirmou que uma obra de R$ 500 mil de um reservatório foi finalizada
pela Agespisa.
“Essa obra vai beneficiar os bairros mais altos da cidade. Acreditamos que
a liquidação da Agespisa vai beneficiar os municípios e iremos esperar a
resposta do governo para saber como proceder com relação à licitação”, disse.
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