Em audiência de custódia realizada na manhã desta terça-feira (02/04), a Justiça relaxou a prisão em flagrante delito de Gilberto Coelho dos Santos, de 53 anos, natural do Ceará, e de Hemenson Victor dos Santos Araújo, de 27 anos, natural de Brasília-DF. Ambos foram detidos sob acusação de participação no roubo de quase R$100 mil do Posto Maxxi, situado na cidade litorânea de Parnaíba, no Piauí. No entanto, Gilberto Coelho permanecerá preso devido a um mandado de prisão definitiva expedido pela 3ª Vara de Execuções Penais da Comarca de Fortaleza, no Ceará.
A prisão dos suspeitos ocorreu na tarde do dia anterior (01), em uma ação rápida dos militares do 27º Batalhão Mont Serrat. De acordo com o Auto de Prisão em Flagrante (APF), o autor do assalto foi Gilberto Coelho dos Santos, que recebeu informações privilegiadas de Hemenson Victor dos Santos Araújo, que trabalha como frentista no posto alvo do roubo. CLIQUE AQUI E REVEJA
Durante a prisão de Gilberto Coelho, quando o dinheiro roubado foi recuperado e um revólver calibre 38, municiado e com numeração suprimida, foi apreendido, a autoridade policial plantonista na Central de Flagrantes analisou superficialmente o telefone do detido e encontrou uma ligação telemática via WhatsApp entre Gilberto Coelho e o frentista Hemenson Victor.
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Em ato continuo, Hemerson foi levado para prestar esclarecimentos na delegacia. Ao ser questionado sobre a ligação com Gilberto, este usou o direito constitucional de se manifestar somente em juízo. Porém, Hemenson afirmou que formatou seu celular, apagando registros de chamadas, devido a um problema. Diante das suspeitas, Hemerson recebeu voz de prisão, e o delegado plantonista representou pela prisão preventiva da dupla.
O Juiz que presidiu a sessão acatou os argumentos do Ministério Público e da Defesa, que pugnaram pela soltura dos acusados sob a argumentação que houve excessos e irregularidades durante o ato prisional da dupla, determinando a soltura de ambos neste processo. O Magistrado utilizou a expressão "colocar a carroça na frente dos bois" para descrever o pedido de extração de dados telemáticos e a decretação da prisão preventiva dos envolvidos que foi formulada pelo delegado que conduziu o APF.
É importante ressaltar que Gilberto Coelho possui uma condenação definitiva de 16 anos e 04 meses de reclusão por três crimes de roubo (assalto à mão armada cometidos em 2011,2012 e 2016) praticados no estado do Ceará. Em 2021, ao cumprir um sexto da pena, ele foi beneficiado com a prisão domiciliar, condicionada ao uso de tornozeleira eletrônica, mas meses depois rompeu o dispositivo, tornando-se um foragido da Justiça.
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