sexta-feira, 20 de setembro de 2024

CARTA ABERTA À COMUNIDADE ESCOLAR A E.M. Professor Benedicto Jonas Correia




A E.M. Professor Benedicto Jonas Correia, representada por sua diretora, Sra. Carla Sueli Teixeira Lima Santos, vem por meio deste esclarecer fatos ocorridos e recentemente veiculados de forma equivocada na mídia social.

Acreditamos na parceria família-escola e sempre buscamos o melhor relacionamento possível entre todos os envolvidos. Pais e responsáveis sempre são bem-vindos em nosso ambiente escolar e reconhecemos que eles possuem direito de acompanhar o desenvolvimento educacional de seus filhos. Porém, recentemente, houve preocupações expressas por alguns pais em relação à escola.  É fundamental que eles possam cobrar melhorias, mas sempre com respeito e educação. No entanto, tem-se notado uma falta de respeito que precisa ser discutida.

É fato que em nossa escola existe a carência de livros didáticos, mas ressaltamos que desde o início do ano letivo temos procurado suprir a necessidade solicitando à Secretaria Municipal de Educação, pedindo a outras escolas da rede e até mesmo pedindo os livros utilizados no ano anterior. Ou seja, nunca ficamos omissos em resolver a situação. Esclarecemos que a dificuldade em encontrar todos os livros se dá por ser o último ano de uso da coleção didática atual e o próprio FNDE/PNLD não enviou quantidade extra para suprir a necessidade.

Com relação à presença da polícia, justificamos que tal fato se dá por conta da forma como certos pais adentram nossa escola. Algumas situações têm gerado grande preocupação, já que a utilização de filmagens não autorizadas de funcionários, mesmo após solicitações para que cessem, tem gerado desconforto e constrangimento. A polícia foi chamada devido a essas situações recorrentes, que afetam o ambiente de trabalho dos funcionários e causam situações vexatórias até para os alunos. É importante lembrar que, embora servidores públicos possam ser filmados no exercício de suas funções, isso deve ocorrer de forma respeitosa e sem prejudicar seu trabalho ou privacidade. Assim, vale questionar se a exposição constante e os constrangimentos associados são aceitáveis.

Em relação às críticas à merenda escolar, ressaltamos que a escola é abastecida regularmente e sempre procuramos estar atentos ao cardápio escolar e fazendo as adequações que são permitidas, mas nunca deixando de servir o lanche diário. E a crítica feita especialmente ao cuscuz levanta um debate sobre a qualidade da alimentação por ser o cuscuz um dos alimentos mais tradicionais da nossa região, além de nutritivo, rico em carboidratos, fibras e micronutrientes essenciais. Portanto, é importante esclarecer que esse alimento não deve ser considerado de baixa qualidade, considerando seus benefícios para a saúde das crianças e que ele nunca foi servido seco e sim, molhado com leite.

Prezamos também por promover a autonomia de nossas crianças, e para tal incentivamos que sejam deixadas na porta da escola pelos pais e adentrem a escola sozinhas. Essa prática contribui para o desenvolvimento emocional e social dos alunos, conforme defendido por psicanalistas como Henri Wallon e Winnicott, que ressaltam a importância de experiências de autonomia na formação da identidade.

Outro ponto relevante é a questão do etarismo, que se refere à discriminação por idade. A intenção de desqualificar um profissional com base na idade que possui é inadmissível. Essa prática é considerada crime em várias legislações, incluindo o Estatuto do Idoso, que protege indivíduos contra abusos e desrespeitos.

Por fim, estou aqui para promover um diálogo acima de tudo respeitoso e justo. A defesa dos meus funcionários e da escola é fundamental e quero garantir que todos possam se sentir respeitados e valorizados. Nosso objetivo é esclarecer os mal-entendidos e trabalhar juntos em busca de soluções. 



Parnaíba, 20 de setembro de 2024.

 

Carla Sueli Teixeira Lima Santos

                                                                                    Diretora

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