quinta-feira, 14 de novembro de 2024

como funcionava esquema que lavava dinheiro de facção criminosa no Piauí

 


Ao todo, a operação Denarc 64 prendeu treze pessoas e realizou o bloqueio de R$ 2 bilhões
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O delegado Samuel Silveira, coordenador do Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Denarc), detalhou como funcionava o esquema que lavava dinheiro da facção criminosa Bonde dos 40. Ao todo, a operação Denarc 64 prendeu treze pessoas e realizou o bloqueio de R$ 2 bilhões, na manhã desta quinta-feira (14/11).

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Foto: Conecta PiauíDelegado Samuel Silveira
Delegado Samuel Silveira

Segundo informações do delegado, as empresas interditadas, em sua maioria de fachada para a lavagem de dinheiro da organização criminosa, movimentavam grandes quantias de dinheiro. Uma das empresas chegou a movimentar mais de R$ 600 milhões. As investigações tiveram foco na análise financeira, onde o traficante enviava o recurso financeiro para a pessoa jurídica e recebia novamente, logo em seguida era possível agregar valor e branquear o dinheiro.

“É uma investigação profunda, com foco na análise financeira, em que o traficante jogava o recurso para a pessoa jurídica, depois recebia novamente o recurso, tudo isso agregando valor, depois retornava novamente pra pessoa jurídica e, só após isso, o dinheiro efetivamente era branqueado, era lavado”, detalhou o delegado.

Foto: ReproduçãoEntenda como funcionava esquema que lavava dinheiro de facção criminosa no Piauí
Entenda como funcionava esquema que lavava dinheiro de facção criminosa no Piauí

Ainda durante a operação, uma médica, identificada como Angélica Barbosa e seu pai, o empresário Josimar Barbosa, foram presos responsáveis por lavar dinheiro para a organização criminosa. Conforme as investigações, ambos operavam recurso de empresas ligadas à lavagem de dinheiro, e foram diagnosticados como movimentação financeira ilícita pelo Banco Central.

“Eles são responsáveis pelas duas empresas que mais operaram recurso diagnosticado com atípico pelo Banco Central. Não é a movimentação global dessas empresas, mas apenas o corte em que o Banco Central diagnosticou como provável movimentação ilícita, oriundas do tráfico de drogas”, apontou o coordenador do Denarc.

Foto: ReproduçãoEntenda como funcionava esquema que lavava dinheiro de facção criminosa no Piauí
Entenda como funcionava esquema que lavava dinheiro de facção criminosa no Piauí

Diante das investigações, foi constatado que os envolvidos já possuem uma extensa ficha criminal e se comunicavam financeiramente com as empresas interditadas. O alvo da operação foi Alandilson Cardoso Passos, que não foi localizado no momento do cumprimento dos mandados. O investigado é companheiro da vereadora eleita Tatiana Medeiros (PSB), e o delegado confirmou que não trabalha com vínculos afetivos e sim, com fatos de crime. Ou seja, a parlamentar não faz parte das investigações.

“Nenhum parlamentar no estado do Piauí foi alvo dessa investigação. Um dado indivíduo que é alvo nessa investigação, por movimentar dinheiro de origem do tráfico que diagnostica a investigação, foi alvo. E, eventualmente, se ele tem vínculo pessoal e afetivo, ou de qualquer outro, com vereador ou qualquer outro tipo de pessoa, isso aí não nos interessa. O que nos interessa é a atividade criminosa em operação”, completou.

Foto: ReproduçãoEntenda como funcionava esquema que lavava dinheiro de facção criminosa no Piauí
Entenda como funcionava esquema que lavava dinheiro de facção criminosa no Piauí
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