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quinta-feira, 7 de novembro de 2024

Denúncia de violência obstétrica no Hospital Dirceu Arcoverde em Parnaíba

 

 é repercutida na TV Band Piauí


A denúncia de violência obstétrica feita por Aline Lima, moradora de Parnaíba, trouxe à tona problemas graves no atendimento do Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA) e gerou grande repercussão ao ser exibida no programa Bora Parnaíba, da TV Band Piauí. Durante o programa, foi reproduzido o vídeo que Aline havia gravado e compartilhado nas redes sociais, onde relata uma experiência traumática no parto e expõe falhas na infraestrutura e no atendimento médico do hospital.

No vídeo exibido pelo Bora Parnaíba, Aline detalhou que sua gravidez ocorreu sem complicações até o momento do parto, quando, segundo ela, a equipe médica recusou-se a realizar uma cesariana, optando por um procedimento que teria ocasionado danos irreparáveis ao bebê.

"Arrancaram ele brutalmente por meio de uma técnica médica porque não quiseram fazer a cesariana. Deixaram-no horas sem oxigênio no cérebro", relatou Aline. Ela afirma que a falta de oxigenação causou lesões cerebrais permanentes, comprometendo o desenvolvimento da criança e demandando cuidados especializados.


Além da violência obstétrica, Aline denunciou problemas estruturais e a escassez de profissionais no HEDA. Ela informou que o hospital carece de neuropediatras e que, em situação de emergência, o atendimento de seu bebê teve que ser realizado por um especialista via chamada de vídeo. Aline também relatou a ausência de maqueiros e a sobrecarga de nutricionistas, que atendem um número elevado de pacientes. "Não tem maqueiro nesse hospital para pacientes, uma nutricionista para quase 280 pessoas. Tudo é negligenciado", desabafou.

Resposta do Hospital

Em nota, o Hospital Estadual Dirceu Arcoverde respondeu que segue as diretrizes do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde em todos os procedimentos obstétricos. A direção do hospital defendeu o uso de instrumentos como fórceps, justificando que é um método seguro, e informou que a criança recebe acompanhamento multidisciplinar. Aline, entretanto, questiona a efetividade desse suporte e aponta as dificuldades de acesso a cuidados especializados.

A denúncia de Aline Lima, amplamente divulgada nas redes sociais e agora repercutida pela mídia, reacende o debate sobre a qualidade do atendimento obstétrico e as condições da saúde pública em Parnaíba.


Da redação do portal PHB em Nota

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