A Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI) deflagrou, nesta quinta-feira (11), a segunda fase da Operação Macondo, dentro do programa Pacto Pela Ordem. A ação, conduzida pelas Polícias Civil e Militar, teve como foco o cumprimento de medidas judiciais contra investigados por participação em um esquema estruturado de concessão irregular de crédito — caracterizado como agiotagem — associado à lavagem de dinheiro e outros crimes financeiros.
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Em Teresina, os agentes cumpriram dois mandados de prisão, dois mandados de busca e apreensão e promoveram o bloqueio judicial de R$ 5 milhões nas contas dos suspeitos.
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As medidas são resultado da continuidade das investigações, que identificaram movimentações financeiras expressivas e incompatíveis com a renda declarada pelos envolvidos. Relatórios de inteligência apontaram indícios claros de ocultação e dissimulação de recursos ilícitos por meio de contas de terceiros, estratégia típica de organizações voltadas para lavagem de dinheiro.
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Agiotagem, juros abusivos e intimidação
O superintendente de Operações Integradas da SSP-PI, Matheus Zanatta, informou que o grupo operava de forma organizada, explorando financeiramente trabalhadores e pequenos comerciantes em situação de vulnerabilidade.
“As investigações revelaram que os suspeitos ofereciam empréstimos sem qualquer formalização contratual, com juros que ultrapassavam 30% ao mês. Além disso, utilizavam métodos coercitivos de cobrança, como ameaças, constrangimentos públicos e intimidação de familiares das vítimas. O objetivo da operação é interromper esse ciclo de exploração e responsabilizar os envolvidos”, destacou Zanatta.
Ação integrada
A operação foi coordenada pela Superintendência de Operações Integradas (SOI) e contou com o apoio da Força Estadual Integrada de Segurança Pública (FEISP), reforçando a estratégia de atuação conjunta entre as forças policiais para combater crimes de alta complexidade.
A SSP-PI afirma que a Operação Macondo II consolida o compromisso do Estado no enfrentamento ao crime organizado e na proteção de grupos que costumam ser alvo recorrente desse tipo de prática, como trabalhadores autônomos, microempreendedores e pequenos comerciantes.
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